Rede estadual de educação permanece em greve

Mais uma manifestação marcou a greve dos professores da rede estadual de Educação. Hoje (19), às 14h, a categoria se reuniu em uma assembléia geral, convocada pelo SINTEPE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação

Os trabalhadores em educação seguiram em passeata e, na ocasião, dois atos foram realizados. O primeiro, na Avenida Guararapes, chamou a população para unir-se às manifestações. Em seguida, o ato batizado de “forró da greve” estacionou na frente da Secretaria de Educação do Estado para exigir o início das negociações.


 


A categoria alega falta de interesse por parte do Governo do Estado para iniciar o processo de negociações. “As autoridades sinalizaram que iriam abrir as conversas, mas mesmo sabendo da nossa agenda eles ignoraram e não nos dão uma resposta”, disse Zélito Passavante, diretor do Sintepe.


 


Os trabalhadores citaram ainda a estranheza pelo “clima ruim” criado pelo Governo por causa da greve. Segundo as lideranças do movimento, uma circular impressa pelo Estado têm sido distribuída nas escolas e Gerências Educacionais (Geres). O impresso relembra um decreto de 1999, gestão do governador Jarbas Vasconcelos, que estabelece normas repressoras àqueles que aderirem aos movimentos grevistas. “Estranhamos esta atitude porque a postura da nova gestão estava sendo democrática. Achamos muito contraditório um decreto da ‘gestão jarbista’ estar sendo citado, principalmente com medidas repressoras”, falou Passavante.


 


Amanhã (20), os trabalhadores em educação se unem ao ato do Fórum dos servidores públicos estaduais, que devem decretar greve até o final da semana. Na quinta-feira, uma nova assembléia geral do Sintepe estabelece um pano de mobilizações para a próxima semana.


 


Na pauta de exigências são tratadas questões como o aumento do valor do salário-base, atualização das matrizes de vencimento dos auxiliares e assistentes administrativos educacionais em nível médio, técnico profissional – nível médio, superior e especialização (com abertura de concurso público para o segmento), ampliação da política de formação, estruturação do espaço físico das escolas e a convocação dos professores aprovados no último concurso público.


 


A última reivindicação adicionada à pauta é o cancelamento das pretensões de nova seleção para os professores que cumprem funções técnico-pedagógicas no Governo. O estado estaria querendo substituir o quadro de profissionais, mas a categoria alega que a seleção fere o estatuto do magistério. Uma reunião com os professores nesta situação já está marcada para segunda-feira, às 14h.


Do Recife,


Manuella Bezerra de Melo