Trabalhadores/as da Unicamp mantêm greve
Em assembléia bastante dividida, realizada na manhã de terça (19), aproximadamente 300 trabalhadores e trabalhadoras decidiram manter a greve na Unicamp, iniciada há 27 dias. Na segunda (18), o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas
Publicado 19/06/2007 15:29 | Editado 04/03/2020 17:19
Segundo João Raimundo (Kiko), coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), o sindicato vai insistir na reabertura da negociação, mesmo após o rompimento unilateral por parte do Cruesp. ''A continuidade da greve tem esse sentido, fazer pressão pela reabertura da negociação'', afirma.
''A pauta estudantil, a pauta salarial e a luta contra os decretos são parte de uma construção conjunta entre professores, estudantes e funcionários. O recuo do governador Serra em relação aos decretos significa uma vitória do movimento. O avanço na negociação salarial, embora insuficiente, também representa uma conquista. Mas, é preciso avançar em relação à política estudantil, que estava sendo discutida com o Cruesp'' pondera o sindicalista.
Kiko considera que a posição do Cruesp, de se retirar da mesa de negociação, não se justifica. Na pauta da reunião de segunda-feira, constavam a questão salarial, política de permanência estudantil, terceirização e precarização do trabalho, Hospitais Universitários, manutenção e aprofundamento do vínculo entre o Centro Paula Souza e a Unesp, a não punição de qualquer participante do movimento e o decreto declaratório 01 do governo Serra. Em nota, a Cruesp informa que só retoma a negociação com o fim da ocupação.
Quarta (20), às 14 horas, os trabalhadores realizam nova assembléia. Também está agendada a participação em uma atividade conjunta, convocada pelo Fórum, a ser realizada no dia 21, possivelmente na Assembléia Legislativa, com o objetivo de manter a luta por mais recursos para as universidades.
De Campinas,
Agildo Nogueira Jr.