Lula anuncia obras de R$ 2 bi para MG

    A agenda inicial do presidente previa um almoço com Aécio Neves, no Palácio das Mangabeiras, e, em seguida, um evento no Palácio das Artes para fazer o anúncio da liberação de recursos, que seriam englobados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O cerimonial da Presidência da República não informou o motivo do cancelamento, mas o Palácio da Liberdade confirmou, ontem à noite, que Aécio Neves embarcará para Brasília logo após a solenidade na Avenida Antônio Carlos. Vai conversar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

    Essa será a primeira visita do presidente Lula a Belo Horizonte após a reeleição, no ano passado. Ao Estado, Lula já veio outras duas vezes neste ano, em Capim Branco, para inauguração de uma usina da Vale do Rio Doce e outra em Uberaba, para abertura da Expozebu.

    Conforme revelou anteontem o prefeito Fernando Pimentel, a expectativa é a de que, dos R$ 2 bilhões que devem ser anunciados, pelo menos R$ 500 milhões sejam destinados para obras na capital mineira. “Meu cálculo é que em torno de R$ 500 milhões fiquem em obras dentro de Belo Horizonte. Mas vamos aguardar”.

    A duplicação da Avenida Antônio Carlos é uma obra de 3,9 quilômetros entre o Bairro São Francisco e o Complexo da Lagoinha. O investimento total é de cerca R$ 150 milhões, sendo R$ 53 milhões já assegurados pelo Governo Federal. O trecho concluído vai da rua Viana do Castelo, no bairro São Francisco, até a rua Aporé, no Bairro Aparecida, inclusive a trincheira entre as Avenidas Bernardo Vasconcelos e Américo Vespúcio. Com a conclusão dessa etapa (1,34 km de extensão), a avenida passa a ter cinco faixas de rolamento em cada sentido, sendo duas para transporte coletivo.

    A trincheira, no cruzamento entre as avenidas Antônio Carlos e Santa Rosa, inaugurada em 2004, com investimento de R$ 11 milhões, também integra a obra mas não é considerada a primeira etapa da duplicação pela PBH e, sim, apenas parte do processo de recuperação da via, que liga o centro de Belo Horizonte à região da Pampulha.

Vila Viva
Os recursos do Vila Viva, no montante de R$ 172,2 milhões, foram financiados pelo Governo federal, por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Deste total, R$ 114 milhões são do BNDES, com 25% de contrapartida do município e R$ 58,2 milhões da Caixa Econômica Federal, com contrapartida de 10% da PBH.

As verbas estão sendo investidas em ações de saneamento básico, remoção e reassentamento de famílias, construção de unidades habitacionais, reestruturação viária e urbanização de becos, entre outros. A previsão é a de que as obras estejam concluídas em dois anos.

Fonte: Jornal Hoje em Dia