Sibá cobra decisão do Conselho de Ética sobre caso Renan

Se o Conselho de Ética não escolher amanhã (27) um novo relator para a denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o primeiro relatório, elaborado por Epitácio Cafeteira (PMDB-MA), será colocado em votação. Caso não haja acordo p

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), vai colocar em votação nesta quarta-feira o relatório do senador licenciado Epitácio Cafeteira (PTB-MA) no processo por suposta quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O relatório sugere o arquivamento das acusações contra Renan, que foi apontado por algusn órgãos de imprensa como suspeito de ter despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, de quem Renan é amigo há vários anos, antes mesmo de Gontijo atuar como funcionário da construtura Mendes Júnior.


 


O presidente do Conselho afirmou na tarde desta terça-feira que colocará em votação o texto de Cafeteira com ou sem um novo relator para o processo. “Eu convidei os relatores, através de seus líderes”, afirmou. Segundo ele, nenhum líder indicou relator. “Eu cumprirei a minha obrigação que é pôr em votação as matérias que eu tenho em mãos…Não tendo relator escolhido, ou tendo um ou três relatores, vou proceder dessa maneira. O Conselho é que vai decidir se rejeita ou aprova o texto. Os senadores têm autonomia para aprovar um dos votos em separado ao texto que são contrários ao senador Renan.”, afirmou Sibá, em entrevista à imprensa. Se não houver acordo para votação, o presidente do Conselho de Ética pode até deixar o cargo. “Eu cheguei a pensar na idéia de sair, porque se não tivermos o entendimento sobre os nossos procedimentos de trabalho, não há motivos para que eu continue.”


 


Se o relatório de Cafeteira for rejeitado, Sibá ainda tem de colocar em votação os relatórios apresentados em separado pela bancada do PSDB, pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e Jefferson Peres (PDT-AM).


 


Questionado pela imprensa, Sibá afirmou que sua possível renúncia não é por motivo de pressão. O senador diz não se sentir pressionado em favor de Renan por nenhuma força política. “Eu não estou na mão de ninguém. Sei muito bem das minhas responsabilidades. Não estou enterrando absolutamente nada, estou dando prosseguimento a uma formalidade”, afirmou Sibá.


 


“Esquadrão da morte moral”


 


Nesta terça-feira, ao ser abordado por jornalistas, Renan Calheiros disse que não se intimidará com movimento do PSOL que pedirá sua saída do cargo.


 


“Acho que isso tudo é uma espécie de esquadrão da morte moral. As pessoas, sem ter prova, anunciam a sentença e depois ficam como estão, sem saber o que fazer, porque não têm o que apresentar à sociedade. O que importa é que eu não me intimidarei. Eu resistirei até o fim”, afirmou ao chegar ao Congresso Nacional.


 


O PSOL organiza para quinta-feira (28), em Brasília, um ato pedindo o afastamento do presidente do Senado. O partido de Heloísa Helena, conterrânea de Renan Calheiros baseia suas pirotecnias acusatórias apenas com base em informações publicadas na grande imprensa. Até agora, nenhuma denúncia concreta pesa contra o senador Renan Calheiros. Ainda assim, ele tem sido fustigado diariamente pelos órgão de comunicação mantidos grandes conglomerados de mídia do país.


 


Da redação,
com agências