Para Dr. Rosinha, lobby empresarial anti-Venezuela é equivocado

Conforme matéria veiculada pelo jornal Valor Econômico, entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) temem que as posições políticas do presidente venezuelano Hugo Chávez “atrapalhem o bloco nas negociações” com grandes mercados, como União Européia e EUA. “Ora, os industriais brasileiros estão ganhando dinheiro e estão reclamando”, disparou Dr. Rosinha. “Se está existindo, esse tipo de lobby tem natureza político-partidária e é totalmente equivocado,” acrescentou.

A CNI já teria inclusive enviado um ofício aos membros da comissão de Relações Exteriores do Senado, no qual formaliza sua “preocupação” com a adesão da Venezuela. De janeiro a maio deste ano, as exportações do Brasil para a Venezuela cresceram 31% em relação ao mesmo período de 2006. No ano passado, as empresas nacionais venderam US$ 3,6 bilhões aos venezuelanos – 60% a mais do que em 2005. Desse total, mais de US$ 3,2 bilhões correspondem a produtos industrializados.

O superávit do Brasil com a Venezuela foi de US$ 2,97 bilhões em 2006. “Não há meio-termo. Quem é contra a entrada da Venezuela é contra o Mercosul, é contra a integração dos países sul-americanos”, afirmou Dr. Rosinha.

PIB – Após o ingresso definitivo da Venezuela, o PIB do Mercosul ultrapassará a marca de US$ 1 trilhão. Passará de 54% para 76% da economia da América Latina. Rica em reservas de petróleo e gás natural, a Venezuela, com 26 milhões de habitantes, tem um PIB de aproximadamente US$ 162 bilhões. Para que a Venezuela se torne membro pleno do Mercosul, falta apenas a aprovação dos congressos brasileiro e paraguaio. Os legislativos da Argentina, do Uruguai e da própria Venezuela já aprovaram o ingresso do país.

Fonte: informes.org.br