Polícia libera líder sindical do Peru mas greve é mantida

O secretário-geral do Sindicato Único de Trabalhadores da Educação do Peru (Sutep), Luis Muñoz, foi liberado neste sábado após permanecer 24 horas detido pela polícia. Apesar da libertação, ele insistiu que a greve de professores continuará por tempo i

Muñoz disse que há 150 professores detidos em todo o país. A situação, na sua opinião, configura “uma arbitrariedade e um abuso de poder” que impede os trabalhadores de exercer seu direito de manifestação.


 


O secretário-geral do Sutep foi detido ontem em Lima com mais de 60 colegas. Eles tentavam chegar à sede da Presidência do Conselho de Ministros para protestar contra a promulgação da lei do plano de carreira, que criticam.


 


Seis policiais que tinham sido retidos por manifestantes na região de Arequipa também foram libertados hoje, depois de quatro horas de tensão.


 


Em declarações à imprensa, o dirigente sindical confirmou que “a greve continua” e exigiu que o governo “mude a sua conduta” porque “o país caminha rumo ao autoritarismo”.


 


O Sutep está em greve desde 5 de julho, em oposição à norma que exige capacitações e avaliações periódicas para manter seus postos em escolas públicas.


 


Ao longo do dia foram libertados vários dirigentes sindicais e políticos que haviam sido detidos ontem pela polícia em Lima, acusados de obstrução do trânsito e delitos contra a tranqüilidade pública.


 


Muñoz declarou que vai insistir em pedir a negociação coletiva e a instalação de uma mesa de diálogo com o governo.


 


Fonte: Efe