Partido mais votados formam coalizão no Timor Leste

O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, anunciou nesta segunda-feira (16) que os partidos mais votados nas eleições legislativas do último 30 de maio concluiram as negociações para formar um novo governo de coalizão.

Ramos Horta indicou que o problema agora será determinar quem ocupará o cargo de primeiro-ministro e a qual formação política ele pertencerá, se da Fretilin ou dos quatro grupos da oposição.



O presidente assinalou que voltará a reunir-se esta semana com todas as formações para decidir quem ocupara a chefia do governo e acertar outros detalhes.



“Esperamos que os dirigentes timorenses sejamos capazes de encontrar uma boa plataforma, que mantenha a unidade e a estabilidade do país”, comentou.



As negociações entre os partidos que obtiveram assentos no parlamento começou na última quinta-feira, patrocinadas pelo chefe de Estado.



A Fretilin, que comandou a luta pela independência (1975-1999), foi o partido mais votados nas últimas eleições e conquistou 21 lugares dos 65 que compõem a próxima legislatura.



O Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor Leste (CNRT),  fundado em março deste ano pelo ex-presidente Xanana Gusmão, conseguiu 18 assentos.



A aliança ASDT-PSD elegeu 11 deputados, o Partido Democrata (PD) elegeu oito, o partido da Unidade Nacional elegeu três e a aliança Kota-PPT dois. Os dois deputados restantes foram eleitos pelo Partido de Unidade Nacional da Resistência Timorense.



O CNRT, a ASDT-PSD e o PD, que no conjunto totalizam 37 parlamentares, se uniram após as eleições legislativas.



O Timor Leste, com uma extensão de 14 mil 870 quilômetros quadrados, e mais de 900 mil habitantes, transformou-se em uma nação independente em 2002, após um referendo celebrado em agosto de 1999, que pôs fim a 24 anos de ocupação indonésia.