Japão investiga segundo vazamento radioativo após tremor

As autoridades do Japão estão investigando nesta terça-feira (17) um segundo vazamento radioativo, depois de descobrir danos em vários depósitos de resíduos de baixa intensidade na usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, causados pelo terremoto da última seg

Segundo Masahide Ichikawa, um funcionário da província de Niigata, uma inspeção para comprovar danos na usina nuclear descobriu que cerca de 100 tambores para a armazenagem de resíduos tóxicos tinham caído no chão e sofrido diversos danos.



A empresa afirma que está inspecionando se os danos aos tambores permitiram um novo vazamento radioativo. A empresa alega que qualquer vazamento tem poucas chances de causar danos ao meio ambiente.



A central da maior usina nuclear do mundo permanece fechada desde a última segunda, quando houve um terremoto de 6,8 graus de magnitude a poucos quilômetros da instalação.



O terremoto deixou até o momento nove mortos, todos idosos, mais de mil feridos e cerca de 13 mil desabrigados, assim como grandes danos materiais. Além disso, várias regiões afetadas continuam sem água corrente e sem eletricidade.



O vazamento na usina de Kashiwazaki levanta preocupações sobre a suposta “segurança”  dos 55 reatores nucleares japoneses, que respondem por 30% do consumo de energia do país.


 
Na segunda, o terremoto causou um pequeno incêndio em um transformador em uma unidade da companhia. A Tokyo Electric Power Co (Tepco), empresa que controla a usina, não revelou quando retomará o funcionamento de três geradores.


 
A previsão de dois dias de chuva na área aumenta os temores de novos deslizamentos de terra, que agravariam a devastação. Casas desabaram e estradas apresentaram rachaduras devido ao tremor de segunda-feira, cujo epicentro foi na mesma área do noroeste japonês onde há três anos um terremoto matou cerca de 65 pessoas.


 
Niigata foi atingida em outubro de 2004 por um tremor também de magnitude 6,8, que deixou mais de 3 mil feridos.
 


Aquele foi o terremoto mais devastador no Japão, um dos países mais propensos a terremotos no mundo, desde o de Kobe, com magnitude 7,3, que matou mais de 6.400 pessoas em 1995. Nesta terça, o ministro da Defesa enviou 450 soldados para as áreas atingidas.