Hospital César Cals intensifica controle de medicamentos

Uma gestão responsável da farmácia e do almoxarifado tem sido uma das metas da nova administração do Hospital Geral César Cals (HGCC). Mas as novas medidas não agradaram a todos. Há, inclusive, denúncias de falta de material e medicamentos, desmentidas co

Ele reconhece que pode até haver algumas faltas pontuais por processos de compras demorados, tanto “pelo zelo com o dinheiro público” quanto por “atrasos de fornecedores”.


 


Por outro lado, Arraes destaca que tanto podem haver substituição por outros medicamentos quanto permutas com outras unidades de saúde do Estado, sem que haja prejuízos ao atendimento dos pacientes.


 


“Quando assumimos, encontramos estoques desorganizados e até produtos caríssimos com prazo de validade vencido. Já conseguimos informatizar tudo e estabelecer um controle rigoroso do que entra e sai, assim como das validades”.


 


O próprio diretor comenta que há uma piada circulando pelos corredores do HGCC sobre como ele trata um hospital público como privado. “Temos que ser mais rigorosos ainda, pois tratamos com dinheiro público e os recursos não tão abundantes para permitir o mau emprego”, defende.


 


Arraes explica ainda que está incluída na nova política do hospital manter um estoque mínimo nos postos de enfermagem para não haver desperdício e garantir que o material que sair da farmácia e do almoxarifado seja realmente utilizado conforme a prescrição. “Para isso, estamos criando kits”.


 


Informatização


 


O secretário executivo da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Raimundo José Arruda Bastos, explica que a criação da Coordenação de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde e da Coordenação de Assistência Farmacêutica faz parte de uma política maior, incluindo a discussão do modelo de gestão e educação continuada em saúde e a melhoria do suporte à assistência farmacêutica no Estado, até para os municípios.


 


“O César Cals vem se destacando como modelo na gestão de farmácia e almoxarifado, sendo um dos primeiros a fazer parte do nosso programa de informatização para medicamentos e outros insumos. Eles avançaram mais rápido, com investimento em treinamento e equipamentos”, destaca.


 


De uma forma geral, Arruda acredita que essas mudanças poderão ser intensificadas pelas Fundações Estatais de Direito Privado, ainda em discussão no âmbito do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass); dos ministérios do Planejamento e da Saúde; e das universidades, visando novos hospitais e o Centro de Especialidades Médicas, com construções já previstas.


 


Fonte: DN