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160 atletas cubanos participarão do encerramento do Pan

Cuba participará com 160 pessoas do desfile de encerramento dos Jogos Pan-Americanos que acontece neste domingo a partir das 18 horas. A informação foi confirmada pelo chefe de imprensa da delegação cubana, Pedro Cabrera. Informações veiculadas pela impre

O cubano termina, assim, com a série de especulações sobre a ausência da delegação de Cuba na festa. ''Cuba participará no desfile de encerramento com 160 pessoas. Neste momento, há 160 atletas na Vila Pan-Americana'', disse.


 


Cabrera explicou que a delegação estava cumprindo um plano de saída previamente estabelecido, que não obedece a decisões inesperadas.


 


Por essa razão, segundo ele, a equipe de vôlei, que tinha vôo marcado para a noite de sábado, não pôde receber sua medalha de bronze na cerimônia de premiação após o jogo entre Estados Unidos e Brasil.


 


Informações veiculadas pela imprensa entre a noite de sábado e a manhã deste domingo davam conta de que os vôos cubanos foram adiantados por ordem das autoridades da ilha. Existiram boatos de um plano de deserção em massa e a ordem de retorno teria partido diretamente do líder cubano Raul Castro. Esta foi a versão disseminada pela Rede Globo e desmentida hoje.


 


''A informação publicada a respeito da saída da delegação cubana está realmente equivocada. A saída desses atletas e treinadores responde a um plano de volta previamente estabelecido'', afirmou Cabrera.


 


Segundo ele, às 9 horas da manhã deste domingo partiu o penúltimo grupo de atletas com direção a Havana.


 


Durante sua estadia no Brasil, a delegação cubana sofreu as deserções de um jogador de handebol, um treinador de ginástica, e dois de seus melhores boxeadores.


 


O número não é tão grande se comparado com Pans passados. A cada edição dos Jogos, parte da delegação deserta atrás do dinheiro que o mercantilismo esportivo dos países capitalistas oferece. Começou em 1971 com seis abandonos e chegou a seu ápice em Winnipeg-1999, com 13 desertores incentivados também por organizações anticastristas baseadas em Miami (EUA).


 


Fidel critica o ''comércio'' de atletas



O líder cubano Fidel Castro escreveu num artigo, publicado neste sábado na imprensa, que as deserções nos Jogos Pan-Americanos do Rio foi golpe baixo. No artigo, intitulado ''La repugnante compraventa de atletas'', Fidel diz, ainda, que os últimos acontecimentos afetam a moral de todos os atletas da ilha.


 


O líder cubano se refere ao roubo de talentos desportivos e à digna postura de Cuba a respeito deste tema. ''Cuba, cujos resultados e esforços no eporte amador nada pode negar, sofre mais que qualquer outro país, as mordidas das piranhas'', afirmou.


 


Castro, que completa 81 anos em agosto, criticou duramente o campeão olímpico de boxe Guillermo Ringondeaux, da categoria de 54 quilos, e o campeão mundial nos 69 quilos, Erislandy Lara. Eles não se apresentaram para os jogos e abandonaram a Vila do Pan esta semana.



''Não só compraram os atletas que teriam ouro assegurado, como também golpearam a excelente moral dos outros atletas que seguem defendendo com entusiasmo suas medalhas de ouro'', escreveu Castro.



''Até as decisões dos juízes foram influenciadas pelo golpe baixo'', completou o líder cubano no seu habitual texto para a imprensa com o nome ''Reflexiones del comandante''.



Antes dos boxeadores, já haviam abandonado a delegação cubana o titular da seleção de handebol, Rafael Capote, e o técnico de ginástica artística  Lázaro Lamelas.



Segundo a agência alemã DPA, citada por Castro, os boxeadores Ringondeaux e Lara fecharam um contrato por cinco anos com a Arena Box Promotions, uma empresa alemã responsável pela profissionalização de boxeadores internacionais.



''Cuba, cujos resultados e esforços no esporte amador não podem ser negados, sofre muito mais que outros países as mordidas das piranhas'', reclamou Castro.



A equipe do boxe cubano sofreu outro duro golpe em Caracas, em dezembro passado, quando desertaram Yan Barthelemy, dos 48 quilos, Yuriolki Gamboa, dos 57, e Odlanier Solís, da categoria de mais de 91 quilos, todos titulares olímpicos em Atenas (2004) e campeões panamericanos de Santo Domingo (2003).



Barthelemy, Gamboa e Solís também fizeram um contrato com a Arena Box Promotions, que já tinha cinco boxeadores cubanos em seu quadro de atletas, segundo reconheceu publicamente seu presidente Ahmet Oner.



O líder cubano afirmou que acompanha obsessivamente os Jogos Pan-Americanos diante da TV, a ponto de perder os horários dos medicamentos e das refeições.



Cuba ficou em segundo lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos do Rio, com 59 medalhas de ouro, 32 de prata e 35 de bronze, totalizando 135 medalhas.


 


Clique aqui para ler a íntegra do artigo de Fidel (em espanhol)