Americanos não crêem em mudança de política para Iraque
Em pesquisa publicada nesta segunda-feira (30) pelo jornal La Opinión, os americanos mostraram-se pessimistas em relação a uma mudança da Casa Branca na estratégia militar utilizada no Iraque.
Publicado 30/07/2007 12:27
A pesquisa, feita pela internet pelo jornal de Los Angeles, mostra que 55,6% dos internautas acreditam que o plano não mudará tão cedo, contra 44,4% que acham que isso ocorrerá.
A pesquisa coincide com novos elementos que demonstram que os parlamentares do partido republicano, governista, apoiam uma mudança nas táticas empregadas por Washington.
Oposta a fixar uma data para a retirada das brigadas de combate, a administração Bush tenta variar as missões dos soldados no Iraque.
A idéia que circula entre os parlamentares desafiaria o plano do governo de envolver ainda mais as tropas, o que até agora aumentou o número de militares mortos em enfrentamentos com a resistência.
Cerca de 40 parlamentares republicanos de ambas as câmaras defendem uma iniciativa que mude a missão das unidades acantonadas no país do Oriente Médio.
Heather Wilson, representante republicana do Estado no Congresso, disse que “só deveriamos colocar os soldados americanos em situações de risco quando existirem interesses dos EUA em jogo”.
Enquanto isso, alguns analistas opinam que Bush agora usa a retórica da al-Qaida para justificar a permanência das tropas por mais tempo no Iraque.
O debate sobre o Iraque deverá se tornar mais acirrado nas próximas semanas, quando for apresentado o informe do general David Petraeus, em setembro próximo, ao Congresso.
A polêmica levará os republicanos a uma posição contrária à de Bush, para não verem diminuídas suas oportunidades em relação às eleições de 2008 mas não semelhante à posição dos democratas que, pressionados pelos seus eleitores, defendem a retirada do país árabe.