CSC convoca mobilização total para o dia 15 de agosto
A Corrente Sindical Classista deve participar com ampla visibilidade das manifestações do dia 15, Dia Nacional de Lutas, liderado pela CUT, organizando caravanas nos Estados e nos ramos, mostrando que as manifestações são parte da luta histórica do trabal
Publicado 30/07/2007 19:15
a CSC avalia que ''a amplitude do movimento que se alastra pelo país reflete a compreensão elevada do conjunto dos trabalhadores, decorrente da clareza meridiana que paira sobre a gravidade da situação. O momento requer unidade de ação. Afinal, é a democracia para os trabalhadores que está ameaçada. A tentativa de restringir direitos trabalhistas é parte de um conflito de classes permanente, que nos dias atuais implica em uma disputa ideológica mais acirrada'', diz o boletim da Corrente.
Para os sindcialistas o discurso contra a legislação trabalhista ganhou corpo com o aparecimento de várias propostas destinadas a ''reformar'', com intensidades variadas, a CLT (Consolidação das Leis Trabalhaistas) e a Constituição.
Movimento pela Central Classista
Reunidos em Belo Horizonte (MG) no dia 20 de julho, dirigentes da CSC, da CSB e sindicalistas independentes, do campo e da cidade, decidiram iniciar os preparativos para o lançamento do “Movimento por uma Central Sindical Classista e Democrática”. A primeira ação será a realização de um seminário em Brasília nos dias 23 e 24 de agosto com a finalidade de debater a conjuntura e definir os próximos passos da reconfiguração sindical brasileira.
O objetivo, segundo o coordenador nacional da CSC, João Batista Lemos, é unificar a uma base avançada do pensamento político-sindical para discutir questões como projeto de nação e organização sindical. O movimento também está lançando um manifesto por uma central sindical classista e democrática. O manifesto servirá de base para o debate a respeito do assunto e brevemente será disponibilizado para as coordenações da CSC nos Estados.
A partir dessa iniciativa, deverão ser organizados comitês amplos de apoio ao movimento em todo o país. Um Encontro Nacional extraordinário, que deverá ser realizado em setembro, definirá o rumo e a perspectiva da CSC.
Projeto de desenvolvimento
Outro assunto que será debatido no seminário dos dias 23 e 24 de agosto será o projeto nacional de desenvolvimento. “O movimento sindical precisa debater este assunto porque a renda nacional é uma espécie de síntese de toda a atividade econômica do país. Sendo assim, a forma como ela é distribuída constitui necessariamente o objetivo fundamental de uma política de desenvolvimento econômico e social”, analisa Batista.
Para ele, medidas que valorizem o trabalho são fundamentais. E isso só será possível com organização — uma tarefa que implica num enfrentamento de classes. “Basta ver como o patronato reagiu à proposta de criação de comissões de representantes dos trabalhadores nas empresas durante as discussões no Fórum Nacional do Trabalho”, afirma Batista. “Mais do que nunca, na situação atual do Brasil faz-se necessário um Estado com capacidade — sobretudo política — de interferir na economia, crescentemente e de forma direta, como planejador e investidor. O desafio para os trabalhadores, aqui, é fazer com que esse modelo de desenvolvimento resulte em incremento do trabalho. Debateremos esse tema a fundo no seminário”, finaliza Batista.
No dia 14 de agosto, a coordenação nacional da CSC estará realizando uma reunião ampliada com a finalidade de debater a perspectiva classista no movimento sindical brasileiro.
Além de coletivizar as ações pela Central Classista, as lideranças estarão organizando os últimos preparativos para a Marcha do dia 15.