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Lula confirma “carta branca” para Jobim resolver crise aérea

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que apenas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, falará em nome do governo a respeito da crise no setor aéreo. A informação foi dada por assessores do Palácio do Planalto após a reunião de hoje com os min

Jobim terá também autonomia para escolher o novo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Na reunião, Lula deixou claro que o novo ministro começa com influência no governo. O Planalto já concordou com a decisão de Jobim de não nomear o ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão para o comando da Infraero. A escolha de Maranhão era defendida por ministros do governo, mas ele, no entanto, não é ligado ao novo ministro da Defesa.


 


Na semana passada, Nelson Jobim, que assumiu no lugar de Waldir Pires, sinalizou que está disposto a realizar modificações no comando do setor aéreo. Ele disse, na ocasião, que havia recebido “carta branca” do presidente Lula para fazer as mudanças necessárias para acabar com a crise que vem sendo chamada de “caos aéreo”. “Se houver necessidade, eu tenho carta branca. Tenho de definir esse diagnóstico [do setor]. Não tenho como definir condutas sem antes ter um diagnóstico”, afirmou Jobim na ocasião, logo após tomar posse no Ministério da Defesa.


 


Hoje pela manhã, Jobim esteve no Planalto numa audiência privada com o presidente Lula e fez um balanço de suas primeiras ações à frente do ministério. Depois, Lula o convidou a participar da reunião da Coordenação Política. Foi nessa reunião que o presidente mandou um recado aos ministros mais influentes do governo: “Qualquer balanço da crise e qualquer afirmação serão feitos apenas pelo ministro da Defesa”, avisou, segundo relato de um participante do encontro.


 


O presidente não quer mais polêmicas e declarações precipitadas dos auxiliares. Lula avalia que setores da mídia e da opinião pública foram “afoitos” ao jogar no governo toda a culpa pelo acidente com o Aibus da TAM que explodiu no Aeroporto de Congonhas, no último dia 17, causando a morte de 199 pessoas.


 


Terceiro aeroporto


 



Na reunião, Jobim disse que as medidas emergenciais para desafogar o tráfego do Aeroporto de Congonhas passam por obras nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas.



Para Guarulhos, o governo quer construir mais um terminal e a terceira pista. Para a nova pista seria necessário desalojar 5 mil famílias que moram ao redor do aeroporto, disse Jobim na reunião.



Ele afirmou que, em conversa com o governador de São Paulo, José Serra, discutiu a intenção de se construir uma linha de trem expresso com partida do centro da capital paulista.



Em Viracopos (Campinas), o novo ministro da Defesa disse que além da nova estrutura no aeroporto, também há planos para se construir uma linha expressa de trem.



O projeto de construção de um terceiro aeroporto na capital, por enquanto, é uma opção apenas de longo prazo.


 


Da redação,
com agências