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Superávit primário sobe a R$ 43 bi no semestre

O superávit primário do governo central acumulado nos seis primeiros meses do ano totalizou R$ 43,785 bilhões, ou 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (30). O aumento das receitas federais impulsiono

Pelos cálculos do Tesouro, o déficit do INSS somou R$ 20,783 bilhões (1,71% do PIB) e o desempenho de caixa do Banco Central ficou negativo em R$ 301,8 milhões. O superávit do próprio Tesouro Nacional atingiu R$ 64,87 bilhões.



Arrocho extrapola a meta



O superávit primário – que são os recursos apartados pelo governo federal para o pagamento de juros da dívida pública – inclui as contas di Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central. De acordo com o Tesouro, o resultado decorre do aumento da receita total do governo central, que no semestre cresceu 13,1%, somando R$ 295,533 bilhões.



O resultado equivale a 24,33% do PIB. Em igual período de 2006, a arrecadação totalizou R$ 261,2 bilhões, equivalente a 23,61% do PIB.



O resultado do primeiro semestre é superior ao exigido pela meta de superávit primário do governo central para 2007, que é de R$ 53 bilhões em todo o ano. Resta, portanto, um esforço de R$ 9,22 bilhões para o segundo semestre deste ano para atingir a meta auto-imposta pelo governo.



As despesas do governo também subiram no semestre. De janeiro a junho, os gastos cresceram 12,74%, atingindo R$ 199,4 bilhões, o equivalente 16,41% do PIB. No mesmo intervalo de 2006, as despesas haviam somado R$ 176,864 bilhões, ou 15,99% do PIB.  Somente as despesas com pessoal e encargos sociais subiram 12,8% no primeiro semestre (R$ 6,2 bilhões a mais), para R$ 54,744 bilhões.



Só em junho o governo central apurou superávit primário de R$ 5,298 bilhões. O resultado foi superior ao de maio, que apontou superávit de R$ 4,689 bilhões, em dado corrigido pelo Tesouro (o número anterior era de R$ 4,822 bilhões). Em junho de 2006, porém, as receitas do governo central superaram as despesas em R$ 6,072 bilhões.



Mais gastos com o salário mínimo



Ao descrever os números relativos ao primeiro semestre, o relatório do Tesouro Nacional observa que houve crescimento de 13,1% nas receitas. “As receitas vêm crescendo em função do desempenho da economia, da evolução do nível de preços e por conta do ingresso dos programas de parcelamento de débitos”, diz a nota do Tesouro. Informa ainda que as despesas do Tesouro cresceram 12,8%, com elevação em todos os itens, “com destaque para as despesas vinculadas ao salário mínimo”.



Amanhã (31), o Banco Central divulgará o resultado do setor público consolidado, que integra, além do governo central, as contas dos governos estaduais, municipais e das estatais.



Da redação, com agências