CPERS cobra liberação de dirigentes e questiona junção de turmas  

Durante audiência que durou pouco mais de 50 minutos, a diretoria do CPERS Sindicato cobrou da Secretaria da Educação a revisão da suspensão da liberação de três diretores de núcleos que são funcionários de escola. A Secretaria havia determinado o retorno

Alegando que o impasse se deve a determinação do setor de recursos humanos do governo baseada em Ordem de Serviço de 2004, a secretária se comprometeu a buscar uma solução junto aos responsáveis pelas liberações. O assunto foi discutido em audiência no final da manhã de terça-feira 31, na Secretaria.


 


Para o Sindicato, a secretária Mariza Abreu está inaugurando um retrocesso nas relações de trabalho dos servidores públicos gaúchos, um atraso na relação democrática na relação do governo com os trabalhadores em educação. Essa determinação interfere na organização sindical e na autonomia da categoria para escolher seus representantes.


 


Hoje não existem mais duas classes no magistério. Todos são educadores. Portanto, a divisão em classes proposta pela secretária Mariza Abreu fomenta a discriminação e o preconceito.


 


Na tentativa de buscar um entendimento, a direção do sindicato propôs garantir, neste momento, à liberação dos atuais dirigentes e abrir um debate na categoria e no governo para viabilizar eleições futuras. A proposta apresentada tem como fundamento o acordo feito ainda no governo Britto e renovado nos governos seguintes.


 


 


O Sindicato também questionou a precarização da educação colocada em prática pelo governo Yeda desde o começo do ano, agravada neste começo de segundo semestre com a junção de turmas do nível médio. Para o CPERS Sindicato, essa mudança vai inviabilizar a qualidade do ensino na rede estadual.


 


 


A junção de turmas deve ser um dos pontos da pauta da Assembléia Geral marcada para sexta-feira 3, em Porto Alegre. A Assembléia também definirá os pontos centrais da pauta de reivindicações da categoria, que deve ser entregue no mesmo dia à governadora Yeda Crusius. Audiência com esse objetivo já foi solicitada à chefe do Executivo.


 


 


Após a Assembléia Geral, os educadores, em conjunto com outros servidores, participarão de abraço ao Banrisul, em protesto contra a venda de ações do banco. Depois do abraço, os servidores se dirigirão ao Palácio Piratini para um ato público e a entrega da pauta de reivindicações.


 


A audiência com a secretária também discutiu a liberação de trabalhadores da educação que participaram do Dia Nacional de Luta, em Brasília, e a alteração de níveis de professores e funcionários de escola. A secretária ficou de responder estas duas questões até o final desta semana.


 


CPERS Sindicato