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Oxfam: Iraque tem a pior condição de vida da história

A ocupação do Iraque e a violência que irrompeu em sua esteira esconde uma crise humanitária gigantesca, com oito milhões de iraquianos — um em cada três — necessitando ajuda emergencial imediata, relata a Ong britânica Oxfam e a NCCI, uma rede de organiz

O relatório das agências, intitulado “Respondendo ao desafio humanitário no Iraque”, diz que ao mesmo tempo que a situação alarmante da violência é a maior questão que os iraquianos enfrentam, o governo do Iraque e outros governo influentes (leia-se ocupantes) devem fazer mais para satisfazer as necessidades básicas da população em relação a água, saneamento, alimentação e abrigo.


 


De acordo com o relatório, 4 milhões de iraquianos, ou 15% da população do país, regularmente não têm dinheiro suficiente para comprar comida. Cerca de 70% deles não têm acesso a água potável, enquanto no início da ocupação, em 2003, o índice se encontrava em 50%.


 


Continuando, cerca de 43% da população está abaixo da linha de pobreza e 15% não têm o que comer regularmente. 28% das crianças estão desnutridas, enquanto em 2003 esse número atingia 19%.


 


Em relação a educação o índice é mais alarmante, já que 92% das crianças sofrem de problemas que impedem o aprendizado, devido principalmente ao clima de medo reinante no país.


 


Mais de dois milhões de pessoas, a maioria mulheres e crianças, estão vagando desabrigadas pelo país, enquanto outros dois milhões se tornaram refugiados, vivendo a maioria na Síria e na Jordânia.


 


Jeremy Hobbs, diretor da Oxfam International, afirma que a violência atual mascara o aumento da crise humanitária. “A desnutrição entre as crianças aumentou dramaticamente e serviços básicos, arruinados por anos de bloqueio econômico e guerra, já não são suficientes para o povo iraquiano”, conta.


 


Hobbs acredita que o governo iraquiano deveria combater a crise de forma efetiva, aumentando a parcela daqueles que recebem alimentos e dinheiro do governo.



Entretanto, as organizações defendem que somente o fim do conflito deve ser a maior prioridade para todos aqueles que estão envolvidos no Iraque. Para as ONG's que agem no Iraque, o governo e as tropas de ocupação devem respeitar suas obrigações morais e legais, a ponto de não ameaçar os civis ou suas propriedades.