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Rússia pode cooperar com ocupantes do Afeganistão

Nikolai Bordiúja, secretário-geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), revelou na terça-feira que a aliança militar está disposta a cooperar com as forças que ocupam o Afeganistão desde outubro de 2001. Segundo ele, oferecer ajuda ao p

O que foi revelado por Bordiúja é apenas o primeiro passo. A OTSC tem um aliado potencial bastante forte, a China. Nas próximas semanas será assinado um protocolo de cooperação entre a OTSC e a Organização de Cooperação de Xangai, e uma das cláusulas estipularia esforços conjuntos em uma “solução pós-conflito” no Afeganistão.



Mikhail Marguélov, presidente do Comitê para Assuntos Internacionais do Conselho de Federação Russa (A câmara alta do parlamento), sustenta que a estabilidade da Ásia Central e das regiões “islâmicas” russas está diretamente ligada à do Afeganistão . “Há algum tempo defendemos a necessidade de criar um plano de assistência ao Afeganistão. A coalizão internacional (sic) que luta contra os talibans não será duradoura. Qualquer eliminação é uma tarefa tática, enquanto a estratégica é de edificação.



A agência de notícias do parlamento russo RIA-Novosti enumera outras defesas para o argumento. Para os especialistas entrevistados por ela, a Rússia deve impedir o retorno do talibã ao poder. Um deles, Ruslán Grinberg, diretor do Instituto de Economia da Academia de Ciências da Rússia, “para cumprir essa tarefa todos os meios são válidos”.



Para o alemão Alexandr Rahr, diretor de programas para a Rússia e a Comunidade de Estados Independentes do Conselho Alemão de Política Externa, a estratégia é perspicaz e acertada. “No caso de uma retirada americana do Iraque, a Otan dificilmente permanecerá por muito tempo no Afeganistão. Isso pode acontecer no próximo ano”.



Segundo Rahr, “a aliança nunca protegerá nem Rússia nem os Estados da Ásia Central, porque não terá condições de fazê-lo. Entendo que a Rússia, agindo assim, estará tomando uma posição de defesa”. O diplomata alemão acredita que não tardarão a acontecer rebeliões semelhantes às de 1999 e 2000 em território russo caso a Otan se retire do Afeganistão no ano que vem.



Com informações da RIA-Novosti