USP sedia Colóquio Marx e os marxismos

Nesta segunda, 06/08/2007, foi aberto o Colóquio ''Marx e os marxismos'' no prédio de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH-USP, evento que contará com várias mesas redondas que ocorrem de hoje a 10 de agosto, sempre às 17:30hs.

O colóquio tem tudo para ser um marco. Debaterá um rico temário por Professores conceituados no mundo universitário debatem um rico temário:''Marx e Engels''- Ruy Fausto, Eleutério Prado, Jorge Grespan e Jesus José Ranieri; ''O marxismo das internacionais'' – Osvaldo Coggiola, Edmundo Fernandes e Antonio Bertelli; ''Marxismo Ocidental''- Celso Frederico, Ricardo Antunes, Wolfgang Leo Maar e Ricardo Musse; ''Marxismo na América Latina'' – Bernardo Ricupero, Lincoln Secco, Mauro Iasi e Luis Bernardo Pericás e ''Marxismo Contemporâneo''- Armando Boito, Leda Paulani e Ruy Braga.


 


A abertura do Colóquio foi feita pelo Prof. João Quartin de Moraes. O temário de sua palestra e o debate subseqüente, foi Marx e os Marxismos.


 


Quartin destacou que, se existem vários marxismos, todos se unificam na extraordinária compreensão exposta na principal obra de Marx: ''O capital'', e mais, afirmou que não se pode entender a realidade atual sem apoiar-se no marxismo, mas, o marxismo do século XX – marxismo-leninismo.


 


Ao longo do debate, Quartin ainda polemizou com questões referentes às revoluções no continente asiático, em especial a chinesa, afirmando que não teria havido a radical transformação da propriedade da terra, nem o extraordinário deslocamento de centenas de milhões de pessoas, antes na condição da mais absoluta miséria, e que hoje começam a ser uma próspera população,  se a revolução de libertação havida naquele país não fosse dirigida pelo Partido Comunista.  Quartin  afirmou que o que ocorre hoje na China é uma grande NEP (Nova Política Econômica implantada na URSS por Lênin nos anos iniciais da revolução), e um controle completo das multinacionais que atuam na China, obra só possível com a direção do Partido
Comunista Chinês.


 


A ocorrência do Colóquio na Universidade de São Paulo parece indicar o renascimento/fortalecimento de uma corrente marxista na universidade paulista, talvez sendo mais um fenômeno somado ao que o jornalista Antonio Gonçalves Filho chama de ''um tsunani Marx acaba de invadir as prateleiras de todo o país''. (Caderno de Cultura de O Estado de São Paulo, 22/07/07).


 


Lilian Martins, Secretária de Formação do PCdoB/SP, para o Vermelho-SP