Cúpula em Pyongyang faz Coréia adiar manobras militares
Um exercício militar sul-coreano previsto para fins de agosto foi adiado nesta segunda-feira (13) para “propiciar um bom ambiente para a próxima cúpula intercoreana”, que será realizada em Pyongyang, de acordo com fontes da chancelaria da Coréia do S
Publicado 13/08/2007 10:09
Entretanto, o comando conjunto de Estados Unidos e Coréia do Sul darão continuidade aos seus exercícios militares Ulchi Focus Lens (UFL) que se desenvolverão entre 20 e 31 de agosto em território do sul da península, com a participação de mais de 10 mil soldados do Pentágono.
“Decidimos realizar o exercício Hwarang depois da Cúpula, para ajudar a criar um bom ambiente durante este importante evento nacional”, sublinhou à mídia o porta-voz da chancelaria, Kim Hyung Gi.
Pyongyang e Seul anunciaram na semana passada que o presidente sul-coreano Roh Moo Hyun fará uma visita a Pyongyang de 28 a 30 de agosto e celebrará uma cúpula com Kim Jong Il, chefe do governo da República Popular Democrática da Coréia (RPDC).
De acordo com o porta-voz da chancelaria, a manobra Hwarang, que também coincidia com os exercícios conjuntos com os americanos, tem como objetivo fortalecer a posição de defesa integrada civil, governamental e militar coreanas.
A celebração da UFL foi repudiada pela RPDC, que assegurou que “os exercícios indicam claramente que os Estados Unidos não estão interessados na paz e na segurança da Península Coreana e não desejam a sua desnuclearização”.
Um comunicado militar divulgado em Pyongyang adverte que “o Exército Popular da Coréia colocará em prática o estabelecido anteriormente de que fará todo o possível e usará todos os meios necessários para acabar com as manobras de guerra em grande escala”.
“Os EUA serão considerados como totalmente responsáveis do impacto catastrófica que terão as ameaças no cumprimento do acordo de 13 de fevereiro e nas negociações multilaterais de seis partes”, sublinha a denúncia.
Em fevereiro, as negociações entre Pequim, RPDC, Estados Unidos, Japão, Rússia, China e Coréia do Sul chegaram a um acordo em que Pyongyang se compromete a encerrar seus programas nucleares, em troca de uma ajuda de um milhão de toneladas de combustível.
Do outro lado, esse exercício militar coincidirá com a cúpula entre o presidente sul-coreano, Roh Moo Hyun, e o líder da RPDC, Kim Jong Il, de 28 a 30 de agosto na capital da RPDC.