Jogador brasileiro é vítima de racismo na Rússia
A União de Futebol da Rússia (UFR) iniciou nesta segunda-feira (13) uma investigação de um incidente racista ocorrido na partida entre Krylia Sovietov (Asas dos Sovietes) e Spartak de Moscou, na cidade de Samara, após a entrada do atacante brasileiro Well
Publicado 13/08/2007 11:19
O jogador foi insultado pela torcida do seu próprio clube, o Spartak. Quando entrou no gramado, Welliton ouviu de parte dos torcedores gritos de “a camisa 11 é só de Tikhonov. Macaco, vai para casa”.
Contratado recentemente junto ao Goiás por US$ 6 milhões, Welliton recebeu a camisa 11 do Spartak, que por muitos anos pertenceu ao meio-campista Andrei Tikhonov, hoje jogador do Khimki.
“A UFR estudou em sua reunião de hoje (segunda-feira) o incidente de Samara, mas ainda não tomou uma decisão concreta já que falta levar a cabo uma investigação minuciosa”, disse um porta-voz da federação.
Caso seja considerado culpado, o Spartak pode ser multado em US$ 20 mil ou jogar a próxima partida em casa com os portões fechados. Além disso, a UFR ameaça punir o clube moscovita mais severamente.
“A Fifa exige que as manifestações racistas durante as partidas de futebol devem ser castigadas com a perda de seis pontos. Os clubes russos sabem muito bem disso, então não descarto aplicar sanções semelhantes”, disse Vitali Mutko, presidente da UFR, ao jornal Tvoi Den.