AM leva propostas para Conferência de Políticas para as Mulheres em Brasília
Uma comissão composta por 52 delegadas partiram à Brasília para participar da Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres que aconteceu no período de 17 a 19 de agosto, cujas representantes gov
Publicado 20/08/2007 11:24 | Editado 04/03/2020 16:13
Suely Mota, coordenadora da UBM e presidente do PCdoB em Manacapuru (AM), destaca que a bancada do Amazonas está forte porque as discussões conseguiram atingir o interior nas conferências estaduais, diferente da edição de 2004. Suely apresentou na abertura do evento para o presidente Lula a mascote do Amazonas, a Irá, uma boneca artesanal que simboliza a união pelos povos.
A bancada levou cerca de 25 proposta. “A proposta que é consensual no Amazonas foi a questão das creches, um anseio de todos os municípios que colocaram na estadual; também garantir a construção da casa-abrigo em todos os municípios, dentro do contexto da segurança; e discutir a igualdade de gênero dentro das grades curriculares é uma das propostas para a educação, vinculada a discussão de gênero”, ressaltou Suely.
Isabel Marinho, delegada da conferência e membro do comitê municipal de Manacapuru, observou que a inclusão da discussão de gênero nas escolas “é uma coisa muito nova até mesmo para os educadores porque a gente tem arraigada na cultura a questão do machismo. A gente tem que discutir como proposta para o MEC na grade curricular para não trabalharmos apenas como tema transversal”, destacou.
Em 2007 o Amazonas foi representado na plenária nacional por 22 municípios, fator que demonstra o crescimento e a participação do movimento de mulheres. “A primeira conferência teve uma precariedade tamanha, foi no ano da mulher (2004) que foi criada a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Não tínhamos apoio do executivo, não houve a discussão nos municípios. Esse ano o executivo tomou pra si a responsabilidade”, disse Suely.
As propostas de políticas públicas para as mulheres foram apresentadas pelas delegações de todo Brasil e depois sistematizadas para virar uma plataforma de luta nacional.
De Manaus,
Cinthia Guimarães