China pune cerca de 25 mil casos de suborno no país
Em entrevista concedida à imprensa da China, o responsável pelo Gabinete do Grupo de Direção para abordar casos de suborno comercial do Governo Central revelou nesta segunda-feira (20) que, até junho deste ano, foram tratados 24.879 casos no país.
Publicado 20/08/2007 13:36
Em 5.523 casos estão envolvidos funcionarios do Estado, cerca de 22,2% do total. O montante de dinheiro envolvido em todos os casos atinge cerca de 6,2 milhões de iuanes.
Até junho, as empresas e instituições de escala nacional e os departamentos de supervisão e administração dos diversos setores econômicos, assim como os organismos sob suas juridições, cobraram indevidamente um total de 1,2 bilhões de iuanes, o que significa um incremento de 776 milhões de iuanes em comparação com o registrado até outubro de 2006.
Na primeira metade de 2007, 4.866 funcionários do Partido Comunista da China (PCCh) e do governo foram sancionados de acordo com a disciplina partidária e governamental, por infrações cometidas contra a disciplina financeira e econômica e por desperdício de bens do país.
Os ministérios da Supervisão, Relações Exteriores e Fazenda, a Auditoria nacional e o Escritório Administrativo Governamental do Conselho do Estado (gabinete chinês) lançaram no início desde ano uma investigação sobre desvio de verbas públicas em banquetes, viagens ao exterior, aquisição de carros luxuosos e ócio.
A Comissão Central de Controle Disciplinar do PCCh anunciou no início de agosto que o vice-procurador da província oriental de Anhui, Xu Wenai, foi destituído de seu posto por malversação de fundos públicos em uma viagem frustrada à Finlândia.
O escândalo veio a público após a delegação ver-se obrigada a regressa à China em 21 de novembro de 2006, ao ser recusada a entrada na Finlândia por apresentar um falso convite do governo local.
As investigações da Comissão Central de Controle Disciplinar do PCCh descobriram que a delegação modificou a rota de uma viagem de negócios, incluindo países que não constavam da relação original.
As autoridades centrais pediram aos governos de todos os níveis que apliquem as políticas anti-corrupção do país e exortaram todos os funcionários a que conservem um estilo de trabalho “frugal”.