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Governadores se mobilizam pela obra de integração do São Francisco

Os governadores dos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte criaram uma comissão que, neste mês, fará uma manifestação, durante um dia todo, nos seus respectivos Estados, com o intuito de conscientizar o povo da necessidade da obra

O anúncio foi feito pelo deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), em discurso no plenário da Câmara, esta semana. Para o deputado comunista, a mobilização dos governadores foi bem recebida pela Frente Parlamentar em defesa da obra.



A comissão virá a Brasília para, juntamente com a frente parlamentar, fortalecer o pedido junto ao Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Lopes lembrou a comissão também agradecerá ao Presidente Lula o empenho, “porque de D. Pedro I para cá só S.Exa. teve coragem de enfrentar essa obra tão necessária para o Nordeste, particularmente para o Ceará”.



“O Ceará cansou da literatura de A Triste Partida: Só deixo o meu Cariri no último pau-de-arara”, disse o parlamentar, acrescentando que “queremos essa água e temos necessidade dela para perenizar o Rio Jaguaribe e acumular água no Castanhão. Não queremos que em 5 anos de seca, pessoas e animais morram de fome ou tenham que fugir para os Estados do Maranhão e Piauí”.



Defensor da obra, Lopes insistiu na tese de que “devemos fortalecer a necessidade dessa obra, para que se realize dentro do que foi previsto, num investimento de quase 5 milhões”.



Para ele, a comissão dos governadores vai fortalecer a luta e desfazer a idéia de que aqueles que são contrários à obra são a maioria. “Não aceitamos de maneira alguma que uma minoria passe para o resto do País a idéia de que eles são a maioria”.
 


“Vamos continuar a fazer o que já fazemos: conscientizar e trabalhar”, enfatizou.



Lopes relatou a situação atual da obra. “O Exército brasileiro já fez o primeiro trecho. Há apenas uma pendência entre os empresários que concorreram à obra, mas logo mais será resolvida pela Ministra aqui em Brasília. E nós, nordestinos, vamos ter água e deixar de morrer de sede, como sempre se descreve na literatura nordestina”.



Ele disse ainda que “respeitamos a quem pense contrariamente, mas não aceitamos o argumento de que é para o agronegócio, que é para o burguês. A água é para a gente, para quem tem sede”, finalizou.



De Brasília
Márcia Xavier