Rita Lisboa – A Alegria da Militância

No início de uma tarde de agosto de 2007, fomos fazer um trabalho de panfletagem na Fábrica Vicunha. O sol escaldante não diminuiu o meu entusiasmo de militante comunista, isto porque a mim particularmente emociona esses trabalhos nas Fábricas.

As 13h50 começam a sair os operários.

Homens e mulheres estafados depois de uma jornada de 8 horas de trabalho.

Muito afavelmente recebem o nosso material. Reconhecem no Senador Inácio Arruda pessoa próxima deles, que luta e defende os seus direitos. Só poucos, muito poucos tem uma crítica a fazer. Conversam conosco. Admiram-se de receber de um Senador da República a prestação de contas do seu Mandato. Explico que a grande mídia não dá enfoque a um mandato popular e essa é a forma que encontramos de levar esse mandato ao provo que nos elegeu.

Vi no rosto de cada um a satisfação e o orgulho de participar da nossa luta e carinhosamente levam o jornal para casa o que prova que o povo é carente também de informação. Não se vê no chão, nenhum jornal.

Uns, cantam a música do Inácio. Outros gritam: “Fala Inácio” e eu me pergunto de onde vem tanta alegria depois de horas de trabalho? E logo tenho a resposta: é a alegria do povo cearense, um povo sofrido, mas forte que apesar das adversidades consegue manter o bom humor.

E a minha alegria de militante comunista depois de uma tarefa bem cumprida é também a alegria de uma mulher cearense que vê na luta do povo a saída para essas adversidades.      

Na portaria, mando um abraço de agradecimento aos trabalhadores pela acolhida e saio feliz da vida sem nem sentir o sol escaldante.

Rita de Cássia Lisboa   

Fortaleza, 23 de agosto de 2007.