Piauí comemora o Dia do Campo

A tecnologia do sistema barraginha foi o tema de um Dia de Campo realizado neste final de semana em Oeiras através da Embrapa, Programa do Semi-árido, Cootapi, e diocese de Oeiras e P1 + 2 (grupo ligado a ASA). O treinamento foi coordenado pelo criador do

De acordo com o diretor do Emater, Francisco Guedes, após trabalhar a implantação das cisternas para captação de água para beber agora a perspectiva é trabalhar a captação de água para produção. É nessa perspectiva que o Emater e o Programa Permanente de Convivência com o semi-árido em parceria com a Cootapi estão protagonizando mais esse trabalho que visa capacitar quem convive diretamente com o problema da seca.



A equipe do Programa Permanente de Convivência com o semi-árido acompanhou o trabalho juntamenteque com outros grupos que desenvolvem trabalhos de convivência com a seca. “As barraginhas integram esse trabalho de educação contextualizada, as cisternas dentre outras iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida de quem vive na região”, explica a coordenadora do PPCSA, Lucia Araújo.



“Passamos anos estudando tecnologia apropriada ao semi-árido agora estamos dando a contribuição e pondo em prática a pesquisa. Um dos primeiros passos do governador Wellington Dias foi criar a coordenação de convivência com o semi-árido” explica Guedes.



O treinamento coordenador por Luciano Cordoval, o idealizador das barraginhas, destacou que essa é uma tecnologia que não se restringe ao semi-árido mas que também pode ser usada no cerrado. “Hoje em Minas Gerais temos quase 100 mil barraginhas, nosso principal parceiro é o Emater, o produtor e a comunidade”, explica.



O intercâmbio na tecnologia social do sistema barrginhas, promovido neste final de semana em Oeiras, com técnicos e agricultores de varias regiões do semi-árido tem como objetivo difundir o conhecimento e formar multiplicadores do sistema de um trabalho conjunto que envolve Emater-Pi, Programa Permanente de Convivência com o Semi-árido, Cootapi e Programa P1 + 2.



Entendendo o sistema de barraginhas



“O sistema barraginha é um sistema de captação de águas superficiais de chuvas e consiste em dotar cada propriedade de uma microrregião de pequenas barragens nos locais onde ocorrem as enxurradas volumosas e erosivas, barrando-as e amenizando seus efeitos. Eles retém materiais assoreadores e poluentes como terra, adubo e esterco, que iriam diretamente para córregos e mananciais, provocando contaminação enchentes temporárias dentre outros danos”, explica Luciano Codorval.



As barraginhas são construídas em seqüência (de três a cinco) e atuam por meio de infiltração e eleva o nível de água no solo, tendo como resultados a elevação no nível dos poços e cacimbões, umedecimento das baixadas e até o surgimento de minadouros. “A importância dessa atividade na prática ameniza a estigem e propicia plantio de pequenas safras após o encerramento do período chuvoso”, explica.



Para o diretor-presidente da COOTAPI, Woshington Sousa, a barraginha é uma tecnologia vantajosa, por ser feita em qualquer lugar e qualquer tipo de solo. “Elas dão uma maior resistência a lavoura”, justifica.



Fonte: www.pi.gov.br