Floresta amazônica pode acabar se não combater as altas temperaturas

A floresta amazônica está ameaçada de extinção caso medidas de combate as altas temperaturas não sejam tomadas nos próximos anos. A declaração foi feita pelo pesquisador em Ecologia do Instituto Nacion

O pesquisador explica que até 2080 a floresta amazônica praticamente acabará se as altas temperaturas não forem combatidas. “Quanto mais quente são as temperaturas, maior é a ocorrência do fenômeno El Nino(aquecimento da águas do Pacífico) e menos acontecem as chuvas. Com isso, acontecem as queimadas que acabam com as florestas”, explica.


 


O gás carbônico e o metano provenientes da queima das árvores são os principais causadores do efeito estufa global. Segundo Fearnside a Amazônia representa o maior bloco de floresta tropical que ainda está em pé do mundo.


 


O desmatamento é também um dos grandes causadores da redução da biodiversidade local. De acordo com Paulo Moutinho, coordenador de pesquisas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) 75% dos gases no Brasil provém da do desmatamento na Amazônia. “Se o desmatamento continuar até 2050 teremos 32 bilhões de toneladas de carbono”, frisa.


 


Contudo, para reduzir a emissão de gases na região não é tão. A redução de 60% dos gases precisa de um investimento de R$ 1 a 5 bilhões por ano. Para zerar a emissão, este valor aumenta de R$ 3 a 8 bilhões ano.


 


Portanto a melhor forma de combater o problema é reduzir o desmatamento através de um trabalho junto aos estados que integram a região Amazônica. “Precisamos de um pacto de desmatamento zero. Nisso já temos trabalhado e a resposta tem sido favorável a este tipo de ação”, coloca.


 


Moutinho relata que 70% dos desmatamentos na região são promovidos para dar espaço a pecuária, ou seja, a pastagem intensiva. Além disso, a madeira retirada de árvores centenárias tem grande valor no mercado.


 


“Aumentando o desmatamento aumenta o efeito estufa que traz graves conseqüências ambientais e a redução das áreas de plantação de soja, trigo e outras culturas que servem para alimentar a população”, finaliza o diretor do Instituto Nacional de Metereologia (INMET), Antônio Divino Moura.


 


Diovana Miziara
Assessoria de Comunicação da CAINDR