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Bovespa sobe 3,4% e fecha com alta o mês da “turbulência”

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta nesta sexta-feira (31). O Ibovespa encerrou o dia com valorização de 3,37%, a 54.637 pontos. O índice acumulado de agosto teve aumento de quase 1% – apesar das “turbulências” que ao longo do mês abalara

Os analistas atribuiram a forte alta de sexta-feira ao cenário externo. Em discurso realizado nesta sexta-feira, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, afirmou que o banco central norte-americano poderá voltar a injetar dinheiro no mercado para controlar a crise do setor bancário, causada pela alta inadimplência no crédito imobiliário dos EUA. Desde o início da crise, em 7 de agosto, o Fed destinou perto de US$ 120 bilhões a este fim.



O mercado também interpretou as declarações de Bernanke como um sinal de que o Fed irá cortar os juros na sua próxima reunião, em 18 de setembro. Nos dias de maior inquietação, chegou a haver um movimento de pressão para que o BC estadunidense reduzisse os juros em uma reunião de emergência, fora do calendário usual.



Já o presidente dos EUA George W. Bush anunciou uma séria de medidas para facilitar o refinanciamento de hipotecas por parte das famílias com dificuldades para honrar suas prestações, para impedir um aumento ainda maior nos calotes. O anúncio foi na contramão da primeira declaração após o início da crise, quando ele se eximiu de auxiliar os endividados.



Pelos mesmos motivos, a sexta-feira foi de alta também nas bolsas do exterior. Em Nova York, onde Dow Jones e Nasdaq avançaram 0,90% e 1,21%, respectivamente. A Europa também teve expressiva valorização com Londres ganhando 1,47%, e Frankfurt subindo 1,57%. A impressão dos mercados é de que a crise do subprime (tipo de crédito imobiliário de alto risco, que se generalizou nos EUA) começou a ficar para trás, apesar dos fatores que a determinaram permanecerem em cena.



Da redação, com agências