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Contrário a acordo entre DEM e PMDB, Cabral fala até em renunciar

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), ameaçou hoje renunciar ao cargo para se candidatar à prefeitura do Rio. Esta foi a reação de Cabral ao pacto anunciado entre o prefeito Cesar Maia (DEM) e o grupo político de Anthony Garotinho, pres

No site de Garotinho, o acordo foi divulgado como uma união contra o PT. “Não vou brigar contra o Lula. Ele é meu parceiro político e administrativo. Nós fizemos uma aliança que tem dado certo e tudo o que estiver na direção contrária a isso, não farei”, afirmou o governador. O vice-governador Luiz Fernando Pezão confirmou que Cabral pensa seriamente em deixar o governo estadual em suas mãos para concorrer à prefeitura da capital. “Ele falou sério. Logo cedo ele me chamou, disse que estava pensando nisso, que iria anunciar isso à imprensa”, disse o vice-governador.



A decisão foi tomada dentro do PMDB na última segunda-feira, por 63 votos a favor, 8 contra e 1 em branco. O acordo envolveria também as eleições de 2010, respeitando o seguinte rodísio: em 2008, a cabeça da chapa seria do DEM e o vice do PMDB. Em 2010, na disputa ao governo estadual, a equação seria invertida e o DEM indicaria um vice na chapa encabeçada pelo PMDB.



O jornal “Hora do Povo”, do MR8, ironizou o pacto entre os grupos de Cesar Maia e Garotinho afirmando, em manchete, que “Garotinho quer emprestar PMDB do Rio para Maia dar uma voltinha”.


“Após uma longa história de agressões mútuas, César Maia e Garotinho decidiram unir-se sob a alegação de enfrentar o PT. Os dois já estiveram juntos virtualmente em 2006 ao apoiarem a candidatura de Geraldo Alckmin no segundo turno das eleições presidenciais”, diz o jornal.



A publicação lembra também que em 2006, “ao saber de um encontro entre Alckmin e Garotinho, Maia afirmou que “a taxa de irregularidades cometidas nos governos Garotinho é igual ou mais grave do que o governo Lula. Então, você passa a dar razão ao Lula que diz que somos todos iguais. Nós não éramos todos iguais, por isso que, se o Alckmin passeia com o Garotinho de um lado, nós andamos com a Denise Frossard. Teremos águas bem separadas. O eleitor não pode ter nenhuma dúvida de que o Garotinho, de um lado, nos coloca de outro lado diametralmente oposto”.



“O ex-governador – que atualmente está com os direitos políticos cassados por uma decisão do TRE-RJ – não deixou Maia falando sozinho na época e disparou: “Discutir ética com ele (Maia) é difícil. Ele não consegue explicar, não conseguiu até hoje, como é que mora num apartamento que custa R$ 1 milhão com salário de prefeito”, lembrou o jornal.



Da redação,
com agências