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Reforma da previdência aumenta tensões na França

Líderes da esquerda e de organizações sindicais na França anteciparam nesta terça-feira que se o presidente da república Nicolás Sarkozy, autorizar uma reforma no sistema de aposentadorias, as tensões sociais se elevarão.

De acordo com o primeiro-ministro François Fillon, o chefe de Estado se pronunciará no dia 18 de setembro sobre a reforma dos regimes especiais de previdência social, que pretende equipará-los aos demais.



O representante da influente Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Bernard Thibault, e o secretário-feral da Força Operária (FO), Jean Claude Mailly, disseram à I-Tele que já se pensa em convocar uma greve.



Fillon observou que a reforma, que pretende igualar as aposentadorias normais com as dos determinados regimes especiais (alguns funcionários públicos, de navegação e parlamentares), “está na lista e espera pelo chefe de Estado”.



Embora o primeiro-secretário do Partido Socialista (PS), François Hollande, e seus mais próximos colaboradores se pronunciaram contra uma lei ou decreto de adoção acelerada, outros integrantes do partido discordaram.



O deputado Manuel Valls (PS), tido pela mídia local como uma das figuras “emergentes” do principal partido de oposição, disse que a reforma poderia ser justa e coerente se “for aplicada de maneira conseqüente”.



Entretanto, quase de forma unânime todas as organizações sindicais repudiaram a medida se ela for implantada à força, e convocaram o governo a repensar e seguir a linha do diálogo.