Metalúrgicos da Força têm proposta melhor à aceita pela CUT
Depois de uma negociação que durou mais de sete horas nessa quarta-feira (12), finalmente saiu uma nova proposta para o reajuste salarial dos trabalhadores da General Motors do Brasil (GMB) de São José dos Campos e São Caetano do Sul. A proposta apresenta
Publicado 13/09/2007 15:41
A proposta aprovada no fim de semana pelos trabalhadores da Volkswagen de Taubaté e do ABC, apresentada pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), prevê reajuste de 7,44%, sendo 2,5% de reposição do INPC e aumento real de 4,94%. O acordo passa a valer a partir de 1º de setembro.
Os metalúrgicos de Taubaté e São Caetano, no entanto, rejeitaram a proposta e seguiram firmes na negociação. O resultado foi a proposta apresentada pela GMB nesta quarta, que prevê o pagamento imediato de um abono de R$ 2 mil, além do reajuste de 7,44%, já previsto na proposta rejeitada pelos trabalhadores.
Desse índice, no entanto, será descontada uma antecipação de 1,23%, negociada na campanha salarial do ano passado, caindo para 6,14%.
Diferenças
“A grande diferença é o pagamento do abono, que se for distribuído ao longo do ano, representa mais 3,5% no salário”, disse Mancha. Os preços das refeições e do transporte dos trabalhadores também serão congelados até o final do ano.
Outro fato que diferencia a proposta negociada da proposta anterior, é que o novo aumento só passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2008. Mancha disse que isso também será compensado pelo abono.
A nova proposta será avaliada pelos trabalhadores em assembléias às 6h30 e às 14h30 desta quinta.
Constrangimento
Diante da ameaça de greve dos metalúrgicos de São Caetano e São José dos Campos, a proposta apresentada pela GMB soou constrangimento para os cutistas favoráveis ao acordo negociado e aprovado com o Sinfavea.
O histórico sindicato dos metalúrgicos do ABC, famoso por ter revelado o presidente Luís Inácio Lula da Silva, nada comentou em sua página na Internet sobre a proposta da GMB. Também o presidente a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) e do Sindicato de Taubaté, Walmir Marques, o Biro Biro, não foi encontrado nesta quinta (13) para responder às críticas de Mancha.
A queda de braço promovida pela Força Sindical e Conlutas revelou que o que é bom pode ficar melhor ainda em tempos crescimento recorde do setor automobilístico no País, uma vez que a proposta aceita pelo Sindicato do ABC já foi uma das maiores conquistas obtidas pela categoria.