Chapa Classista vence eleição dos metroviários de SP

A eleição da chapa classista foi uma vitória da posição combativa da atual direção dos metroviários e é uma resposta às ações neoliberais tomadas pela direção da companhia Metrô e do governo de São Paulo.

O resultado também representa o nível de politização e interatividade da categoria. Entre os cerca de sete mil trabalhadores do metrô, aproximadamente seis mil são sindicalizados. Destes, 80% compareceream às urnas, ou seja, 4.653 votos contabilizados.

O debate da eleição da direção dos metroviários foi polarizada pelas ações da categoria no último período, entre as greves por reajuste salaria, participação dos resultados da empresa e a votação da emenda 3 no Congresso Nacional. As diferenças mais importantes entre as chapas estavam na condução do sindicato, dirigidos por militantes da CSC e da CUT (chapa 1) e os críticos da oposição, coordenados por militantes do Psol e PSTU (chapa 2). A avaliação das posições políticas, como o governo Lula e as votações dos projetos no Congresso nacional também fizeram parte das discussões nas eleições.

Para Marcelo Cardia, membro da Corrente Sindical Classista, que acompanhou a eleição dos metroviários, o resultado foi fruto de um intenso debate de idéias e de participação dos trabalhadores. “Os metroviários são participantes e tem um nível de politização bastante avançado. A maioria é sindicalizada e participa das decisões do sindicato, o que é muito importante e demonstra o nível de intenso de debate”, afirma Cardia. Para o dirigente da CSC, esta é uma das mais significativas vitórias da corrente, que busca arregimentar forças para a criação de uma nova central de trabalhadores classistas.

Veja abaixo o resultado completo da eleição:

Chapa (CSC/CUT): 2.211

Chapa 2 (Psol/PSTU): 1.931

Brancos: 92

Nulos: 419

Rodrigo de Carvalho, pelo Vermelho-SP