Metalúrgicos paralisam atividades no RS
Metalúrgicos vão promover um dia nacional de paralisação nesta terça-feira (18). A ação dá seqüência à Jornada Nacional de Luta dos Metalúrgicos e deve atingir entre 80 e 90 fábricas do setor das montadoras, auto-peças e siderurgia.
Publicado 18/09/2007 14:43 | Editado 04/03/2020 17:12
No Rio Grande do Sul, trabalhadores de cerca de oito empresas devem paralisar suas atividades. O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Milton Viário, explica que as reivindicações da categoria, além do reajuste salarial, buscam melhores condições de trabalho.
“A luta é para conquistar a convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que inibe a rotatividade da mão-de-obra; em segundo lugar o retorno da aposentadoria especial para a categoria dos metalúrgicos; e, em terceiro, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial”, diz.
De acordo com dados da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), a rotatividade nas empresas metalúrgicas atinge quase um terço dos trabalhadores. Somente em 2006, cerca de 30% dos trabalhadores deram lugar a outros metalúrgicos. No Rio Grande do Sul, pesquisa da Federação dos Metalúrgicos aponta que as empresas demitiram trabalhadores para contratar outras pessoas com menor salário. A média de salário de um trabalhador demitido era de R$ 900,00, enquanto que a pessoa admitida recebe em torno de R$ 700,00.
As mobilizações dos metalúrgicos devem se intensificar diante da dificuldade em se negociar com os empresários. Os trabalhadores não descartam uma paralisação maior até o final do ano.
Agência Chasque