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 Mônaco decide hoje sobre prisão preventiva de Cacciola

A Justiça de Mônaco realiza hoje (18) audiência para tratar de novo pedido de relaxamento de prisão feito por advogados do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Ontem (17), o ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, disse estar confiante em um resultado fav

Caso Cacciola seja libertado, ele poderá voltar à Itália, local para onde fugiu em 2000. Na época, o Brasil tentou a extradição, mas não conseguiu porque o ex-banqueiro possui nacionalidade italiana. Se a prisão for mantida, o governo brasileiro tem até 40 dias para apresentar à justiça de Mônaco o processo aberto pela Polícia Federal contra Cacciola. O governo brasileiro enviou a Mônaco uma representante da embaixada do Brasil na França para acompanhar o caso – a ministra-conselheira do Itamaraty Maria Laura da Rocha.



O ex-banqueiro, que era proprietário do Banco Marka, foi condenado a 13 anos de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e gestão fraudulenta. Em 1999, a instituição, sem capacidade de honrar os compromissos após a desvalorização do real, comprou dólar do Banco Central (BC) abaixo da cotação de mercado, que na época estava em R$ 1,32. A ajuda do BC causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. O Banco FonteCindam também teria sido beneficiado pela operação suspeita.



Cacciola chegou a ficar preso por 45 dias, mas foi libertado após um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. O ex-banqueiro usou a dupla cidadania para fugir para a Itália, onde se encontrava foragido antes de ser detido em Mônaco.