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Cuba espera outra vitória contra bloqueio, afirmou chanceler

Cuba vai continuar com as denúncias dos efeitos do bloqueio norte-americano e espera outra vitória dia 30 de outubro, na Assembléia Geral da ONU, disse na terça-feira (18) o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque.

O ministro do Exterior apresentou à imprensa nacional e estrangeira o documento que a Ilha entregou ao secretário geral de Nações Unidas com as provas dos danos causados a Cuba durante o último ano pelas medidas punitivas de Washington.



Esse documento, junto aos enviados por outros países e agências da ONU, faz parte do relatório que será votado na Assembléia Geral no próximo dia 30.



Pérez Roque qualificou o bloqueio como ato de genocídio condenado pela Convenção de Genebra, violação do direito internacional mediante a extra-territorialidade e ato de guerra.



“A vitória será outra vez de nosso povo e significará uma rejeição internacional a esta política”, manifestou. Acrescentou que Cuba está disposta em manter um diálogo com os  Estados Unidos respeitando sua soberania e direitos ou, caso contrário, “seguirá resistindo mil anos o bloqueio”.



Pérez Roque afirmou que este nega acesso a recursos financeiros e provoca sofrimentos ao povo cubano e é o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico, totalizando seus danos até o momento em 89 bilhões de dólares.



Denunciou que a execução das medidas de embargo estadunidense já chegou a níveis de esquizofrenia obsessiva, não só contra empresas e entidades, senão para impedir o acesso a medicamentos e equipes destinadas a salvar a vida de crianças e outros pacientes.



Durante 15 anos consecutivos, a Assembléia Geral da ONU aprovou o projeto de resolução que propõe a necessidade de extinguir o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.



Em resposta a um jornalista, disse que Cuba aceitou uma solicitação da União Européia (UE) para fazer um encontro para explorar as possibilidades no marco da Assembléia Geral da ONU, sem o considerar um diálogo político formal.



Elucidou que, para ocorrer um diálogo político, é necessário acabar previamente com as sanções unilaterais aplicadas à Ilha pela UE.



“Não se pode pressionar Cuba nem ameaçá-la, porque defende sua soberania e seus direitos, mas aceitamos nos sentar em uma mesa e conversar”, ressaltou.



O ministro apontou que a presidência da União, exercida atualmente por Portugal, tratou de conseguir um papel construtivo e a Comissão da UE teve uma posição positiva em relação com este assunto.



“No entanto, há diferenças ao interior dessa organização pois outros integrantes não têm seu norte político em Bruxelas, senão ao norte de Cuba”, explicou finalmente.