Gil rebate Caetano e nega 'vale-tudo' sobre direito autoral
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, rebateu a declaração do cantor baiano e amigo Caetano Veloso, negando que esteja querendo transformar a lei do direito autoral em “vale-tudo”.
Publicado 19/09/2007 20:04
Durante a divulgação da pesquisa sobre dados da Cultura em 2006, Gil foi enfático: “Que libera geral?! Pelo contrário, temos que dotar o Estado de instrumentos e de capacidade de fiscalização e gestão do direito autoral, para garantir o direito autoral para quem tem direito”.
Segundo o ministro, trata-se, na verdade, do “oposto do 'laissez-faire' e de deixar que qualquer coisa aconteça. Queremos fortalecer o Estado e o cidadão de capacidade de gestão de direito autoral nesse país”.
Gil disse que faltam funcionários especializados para cuidar da área no ministério. “Saímos de três funcionários, em 2002, para 20 funcionários agora e ainda é pouco.”
No último fim de semana, durante as comemorações do centenário da mãe dele, dona Canô, Caetano se queixou de Gil em relação à falta de “cuidado” ao falar sobre o uso de licenças alternativas para produtos culturais. Disse ainda que isso pode “criar uma sensação de vale-tudo”.
Polêmica
Segundo informações do jornal O Globo, uma cópia pirata do filme Tropa de Elite foi parar na casa do Ministro da Cultura, Gilberto Gil, e está provocando polêmica no meio artístico. Ainda de acordo com o jornal, a história chegou aos ouvidos do cineasta José Padilha, que foi ao apartamento do ministro, conferir a informação.
A produtora Flora Gil, mulher de Gil, confirmou que ganhou um DVD, durante o show Banda Larga, no Circo Voador, no dia 10 de agosto, mas que nem ela nem o marido viram o filme. Ela disse que eles tinham acabado de chegar de uma turnê do marido pela Europa e que nem sabiam que o filme estava sendo pirateado. Dois ou três dias depois, Flora entregou a cópia ao cineasta.