Metalúrgicos de Betim protestam por contrato coletivo
Como parte da mobilização nacional dos metalúrgicos pela elaboração de um contrato coletivo para o setor, nesta terça-feira (18), o Sindicato promoveu uma caminhada na BR 381 que atrasou a entrada do segundo turno para mais de cinco mil metalúrgicos da re
Publicado 19/09/2007 14:28 | Editado 04/03/2020 16:52
A manifestação, que contou com o apoio de metalúrgicos de outras partes do Estado e de lideranças sindicais de diversas categorias, teve início na divisa entre as cidades de Contagem e Betim, e só terminou na Fiat, onde foi realizado um ato para marcar a adesão dos metalúrgicos da região à luta levada adiante em todo o país.
“Os metalúrgicos de Minas Gerais não podem mais ser tratados da maneira como tem sido. E só com organização e luta vamos mudar isso”, disse o presidente do Sindicato, Marcelino da Rocha. “Temos que dar um fim à disparidade, não apenas em relação aos salários, mas à jornada de trabalho e ao direito de organização no local de trabalho. O contrato nacional vem para corrigir isso e os metalúrgicos de Betim devem abraçar esta bandeira”, acrescentou Narcísio Ramos Penido, secretário-geral do Sindicato.
Diferença
Segundo a pesquisa “Do Salário às Compras” – realizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) -, os salários pagos nas montadoras instaladas no país variam até 70%, embora a maior diferença no custo de vida nas diversas regiões não supere 8%.
“Não dá mais para conviver com isso”, disse o também diretor do Sindicato Leandro Gomes de Paula, que lembrou ainda que a proposta apresentada este ano pelos patrões “nem de longe compensa o esforço que temos feito para atender ao aumento da produção”.
De Betim,
Alexandre Magalhães