Novos tempos: 'New York Times' libera conteúdo on-line
Os internautas que freqüentam o site do jornal New York Times (www.nytimes.com) devem ter notado mudanças deste terça-feira (18). Os “Ts” em cor laranja – que indicam conteúdo premium do site – praticamente de
Publicado 19/09/2007 18:09
Também se tornará gratuito, a partir desta quarta-feira (19), o serviço TimesSelect – que cobra mensalidade de US$ 7,95 (ou US$ 49,95 por ano) pelo acesso a 23 colunistas do jornal e aos arquivos retroativos a 1851. Ainda haverá algumas restrições de acesso aos arquivos entre 1923 e 1986, da mesma forma que a algumas matérias.
De modo geral, porém, a receita do site passará a depender mais da venda de publicidade do que de assinaturas. Vivian Schiller, vice-presidente sênior e gerente geral do NYTimes.com, explicou as medidas em carta dirigida aos leitores:
“Desde que lançamos o TimesSelect, em 2005, o cenário on-line mudou significativamente. Os leitores estão cada vez mais encontrando notícias por meio de buscas, redes sociais, blogs e outras fontes online. Frente a essa mudança, acreditamos que oferecer acesso irrestrito às reportagens e análises do New York Times atende melhor ao interesse dos nossos leitores, a nossa marca e a vitalidade do nosso jornalismo a longo prazo”.
“(…) Acreditamos que a abertura de todo o nosso conteúdo e de milhões e milhões de novos documentos, associada ao fenomenal crescimento (de visitas), criará uma fonte de receita que excederá em muito a receita de assinaturas”.
Schiller também informou que cerca de 227 mil assinantes (o total sobe para 787,4 mil, se incluídos os leitores que recebem o jornal impresso em casa e estudantes – que não pagam pelo acesso) serão reembolsados dos pagamentos realizados via cartões de crédito. E também confirmou a American Express como o primeiro patrocinador das áreas liberadas.
O executivo não comentou o impacto da nova estratégia sobre a receita anual do TimesSelect, de US$ 10 milhões, nem a previsão de captação de novos leitores on-line. Atualmente, a maioria dos sites de jornais dos Estados Unidos são gratuitos.
A grande exceção – o site do The Wall Street Journal – provavelmente será liberado assim que a compra da Dow Jones pela News Corp. for completada. Se isso acontecer, dizem os analistas do mercado, não restará outra alternativa ao britânico Financial Times (da Pearson) senão seguir a tendência.
Da Redação, com informações do meio&mensagem