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Povos indígenas dizem debater mudanças climáticas há anos

O representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Sateré Mawé, afirmou nesta quinta (19) que o tema mudanças climáticas já é discutido há milhares de anos pelos povos indígenas.

“Talvez a discussão mais técnica ganhou essa força devido à agenda ambiental em todo o mundo, porém essa é uma questão que já discutimos há muito tempo nas nossas comunidades, quando defendemos nossos territórios”.


 


Para o líder, as discussões com o governo e com acadêmicos fortalece o tema.


 


“É necessário para que o governo, a iniciativa privada, a comunidade internacional, juntos, possamos criar uma grande agenda . Não uma agenda paralela para que tenhamos heróis, o meio ambiente não precisa ter heróis. Temos que ter vários Chicos Mendes, vários outros líderes para que possamos realmente enfrentar, conjuntamente, essa grande luta”.


 


Ameaças


 


Segundo ele, as principais ameaças à floresta amazônica são a expansão agrícola, com as queimadas, e projetos de infra-estrutura que afetam comunidades locais, como por exemplo, a proposta de construção da hidrelétrica Belo Monte.


 


Sateré participa do 2º Encontro dos Povos das Florestas, que começou nesta segunda em Brasília e prossegue até domingo (23), reunindo líderes indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, entre outros, representantes do governo, estudiosos e artistas.


 


Na abertura dos debates desta quinta sobre as mudanças climáticas o ator Victor Fasano apresentou o manifesto “Amazônia para Sempre”, em defesa da preservação da floresta.


 


Ele também criticou o avanço de culturas agrícolas em áreas de floresta, o desmatamento e os projetos que alteram o meio ambiente.


 


“Queremos que as pessoas prestem atenção na última grande floresta do Brasil.”, disse o ator.


 


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