Perpétua Lança Cartilha em Brasileia

Com o apoio da atriz global Brenda Hadad, a deputada Perpétua Almeida (PcdoB), distribuiu mais de 2 mil cartilhas contra o abuso sexual infantil, na cidade de Brasiléia, distante 200 km de Rio Branco.


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A atriz global Brenda Hadad, a Ritinha da minissérie Amazônia atraiu para o lançamento da cartilha contra o abuso sexual infanto-juvenil, jovens e crianças de Brasiléia, Epitaciolândia , Cobija e até de Assis Brasil.


Lotado o centro cultural de Brasiléia, contou com o prestígio do Ministério Público Estadual, na pessoa da promotora Kátia Rejane, e da promotora de Brasiléia, além da prefeita Leila Galvão, secretária municipal de educação, vereadores e demais autoridades.


Foram distribuídas 2 mil cartilhas, devidamente autografadas por Brenda Hadad, dentro de um programa de combate ao abuso sexual infanto-juvenil, lançado pela deputada Perpétua Almeida (PcdoB), no ano passado e que pretende percorrer todo os cantos do estado. Tanto da área rural como da zona urbana.


“Infelizmente o abuso sexual não escolhe área para acontecer”, disse a deputada.


Um vídeo com a cena em que a Ritinha da minissérie Amazônia era estuprada foi passada num telão, sem que a atriz que interpretou a cena, olhasse para as imagnes.


“Foi tão difícil para mim, interpretar essa cena, que precisei do acompanhamento de um psicólogo. Por isso até hoje, não consigo olhar para a cena”, disse entre lágrimas a atriz, que enfatizou ter sido a partir dessa vivência que decidiu se engajar na luta da deputada Perpétua Almeida do PcdoB.


Brenda que dedica suas horas vagas ao trabalho social, não cobra cachê para ajudar a divulgar o trabalho da deputada comunista. Em todas as ocasiões que participa, autografa as cartilhas e tira fotos com todos, sempre pedindo que leiam a cartilha e coloquem em prática os ensinamentos ali colocados.



De acordo com a Sociedade Paulista de Psiquiatria Clinica, o abuso sexual intrafamiliar é descrito no seguinte quadro:


 


 


 


                    AGRESSÃO INTRAFAMILIAR


 


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agressor                                                                                        %


 


pai                                            77                                                    52


padrasto                                   47                                                    32


tio                                             10                                                     8


mãe                                             4                                                     4


avô                                              3                                                     2


primo                                          2                                                     1



cunhado                                      2                                                     1


 


 


Seja qual for o número, as estatísticas estão sempre aquém.


A maioria dos casos não é reportada, muitas vezes porque a criança tem medo de dizer o que se passou com ela.


O dano emocional e psicológico, em longo prazo, destas experiências pode ser devastador.


Abuso não é só o estupro, embora este seja o tipo mais grave, mas, tocar os genitais das crianças, fazer com que a criança toque os genitais do adulto, ou de qualquer outra criança mais velha, com contato oral-genital, ou ainda roçar os genitais do adulto com a criança, incitar a criança a ver revistas pornográficas ou utilizar  a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno são tipos de abuso.



“ Os trabalhos científicos na área da psiquiatria informam que de cada 10 abusadores, 8 são conhecidos da família, e, que 1 em cada 10 homens adultos se lembra de abuso sexual na infância. Número que sobe para 1 em cada 5 mulheres. Portanto não estamos tratando da mutilação clitoridiana das meninas da África Subsariana, mas de algo que acontece todos os dias dentro de nossas famílias. Por isso a urgência no combate,  no esclarecimento”, justificou a autora da cartilha que em linguagem simples ensina crianças e adultos a se protegerem e buscarem ajuda.


 


 


 


 


                  PASSOS DA CARTILHA


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A Cartilha  ensina as crianças que o respeito pelos adultos, não quer dizer obediência cega. Por exemplo, explica que as crianças não tem que fazer tudo o que o professor, médico ou outros cuidadores mandarem, enfatizando a rejeição a tudo o que não os faça sentir bem.


Ensina a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.


Adverte as crianças a não aceitarem convites de quem não conhecem.


Explica que as crianças devem voltar em grupos da escola.


Que os pais devem conhecer os amigos dos filhos, principalmente os mais velhos.


Ensina a criança a zelar por sua própria segurança.


 Orienta a criança sobre o que fazer caso percebam más intenções.



 


 


 


De acordo com a Sociedade Psiquiátrica Clínica de São Paulo, o abuso sexual se relaciona a quadros psiquiátricos como depressão, disfunções sexuais ( aversão ao sexo), quadros histéricos, dificuldade de aprendizado, insônia, medo de dormir, obesidade, bulimia, anorexia e fobias.