Niterói Fenashore: Transpetro anuncia nova encomenda

O presidente em exercício José Alencar representou o presidente Lula na cerimônia de abertura, no dia 24. Segundo ele, “começa a acontecer a valorização da indústria naval brasileira. Isso é fato já sentido, mas a nossa participação ainda é muito pequena em relação ao potencial do mercado nacional. O Brasil oferece condições excepcionais para o desenvolvimento da indústria naval, e isso vai acontecer”.

José Alencar aposta que o país tem condições de alcançar o antigo patamar de 22% de navios de bandeira brasileira operando no comércio exterior. “Atualmente, nossos navios representam menos de 4% do transporte de nosso comércio externo. Acho absolutamente viável a meta de 15% de carga em navios de bandeira nacional”, acredita, pontuando que o setor de petróleo e gás também carece de uma maior nacionalização das embarcações, uma vez que os navios brasileiros representam menos de um quinto das operações de apoio marítimo.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, confirmou a assinatura, dentro de 10 dias, do contrato com o Estaleiro Mauá Jurong para a construção de quatro embarcações, totalizando 13 navios encomendados pela subsidiária da Petrobrás aos estaleiros fluminenses. Mas, para obedecer aos índices de conteúdo local na construção destas embarcações, Machado reclamou dos altos preços praticados pela indústria siderúrgica nacional.

A secretária Jandira Feghali também está empenhada em discutir a indústria da navipeças, atraindo empresas nacionais e internacionais. Além disso, a infra-estrutura para o Complexo Petroquímico de Itaboraí e São Gonçalo que tem Niterói como eixo fundamental, já que o município hoje tem um pólo industrial bem desenvolvido, poderá ser o grande contribuidor no projeto da Petrobrás e seus parceiros.