Parlamentares manifestam desejo de “enterrar” CPI
Outros parlamentares reagiram à cobrança do deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para instalação da CPI da Abril-Telefônica, na sessão desta quarta-feira (26). O oposicionista José Carlos Aleluia (DEM-BA
Publicado 26/09/2007 20:45
O presidente da Casa não respondeu a nenhum objetivamente, destacando que “quando a Presidência for dar resposta a todos os requerimentos referentes à CPI, avisarei antecipadamente, não haverá surpresas”.
O líder do PT, Luiz Sérgio (RJ), foi o único atendido por Chinaglia. Ele lembrou que as questões de ordem só podem ser feitas relativas a matérias da Ordem do Dia. “Estamos discutindo CPMF. Essas questão de ordem estão sendo protelatórias. Então, recorro ao Regimento Interno, e que nos atentássemos sobre a Ordem do Dia”. O Presidente da Casa encerrou o assunto, retomando as discussões sobre a CPMF.
Elogios da oposição
A decisão de Chinaglia mereceu elogios da oposição. Segundo Aleluia, Chinaglia está zelando “pelo prestígio da instituição”. E manteve a idéia de que o pedido de CPI da Abril-Telefônica é uma retaliação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) às acusações que sofreu da Revista Veja.
“Nesse caso, fez a interpretação correta de que os elementos não devem se misturar, investigação é uma coisa, o julgamento do Senador é outra. Aqui não é casa de vendeta”, disse Aleluia, parabenizando-o.
Miro Teixeira aproveitou a discussão sobre o assunto para renovar o pedido à Chinaglia de resposta à sua Questão de Ordem. Ele engrossa o coro dos que são contrários à instalação da CPI. E pediu que fosse avisado em relação ao dia em que o Presidente da Casa “imagina estar em condições para a decisão em torno das questões de ordem que nós levantamos aqui”.
Ele adiantou que dispõe “de outros pressupostos regimentais para recorrer da decisão da Mesa, se nos contrariar, para pedir a suspensividade”. Segundo Teixeira, “há Líderes em número suficiente para articular esse efeito suspensivo, de tal maneira que, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, se trave o debate sobre a caracterização do fato determinado, porque essa é a questão”.
De Brasília
Márcia Xavier