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Pentágono pede US$ 190 bi para guerras iraquiana e afegã

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, pediu ao Congresso nesta quarta-feira (26) uma verba de US$ 190 bilhões para as guerras no Iraque e no Afeganistão em 2008. É um acréscimo de mais de um terço ao orçamento inicial previsto para as o

O pedido corresponde ao  corresponde ao ano fiscal de 2008, que começa e 1º de outubro. O acréscimo pedido, de US$ 42,3 bilhões, soma-se a outro, feito em julho, de mais US$ 5,3 bilhões, para comprar carros blindados Mrap (sigla inglesa para veículos com chassi protegido contra bombas de beira de estrada).



Crítica à  “nefasta, infernal guerra do Iraque”



O relatório de Gates mostra que a maior parte dos recursos extras – que têm que passar pelo voto no congresso americano – serão usados na aquisição de veículos para transporte de soldados, reforma de equipamentos e treinamento das tropas.
Só a aquisição de 7 mil blindados Mrap vai custar mais US$ 11 bilhões. As bombas de beira de estrada são a principal arma da resistência iraquiana, que já matou 3.700 soldados dos EUA. Por isso os Mrap serão despachados de avião e não de navio, o que encarece o frete em US$ 18 mil por cada veículo.



“Sei que o Iraque e outras escolhas difíceis que a América enfrenta na guerra contra o terrorismo vão continuar a causar atrito no seio do Congresso, entre o Congresso e o presidente e o público”, admitiu o chefe do Pentágono. Em resposta, ouviu de Robert Byrd, membro da comissão do Senado que o escutava, um desabafo contra a “nefasta, infernal guerra do Iraque”, que já custou mais de US$ 450 bilhões e com o novo orçamento passará dos US$ 600 bi.



Democratas vacilam em defender a retirada



O discurso democrata contra a guerra eleva seu tom à medida que aumenta a rejeição à guerra nas pesquisas de opinião pública, e se aproximam as eleições presidenciais do ano que vem. No entanto, um artigo de Charles Kupchan no jornal Chronicle desta quarta-feira prevê que uma vitória dos democratas não trará de volta os soldados americanos.



Uma das pré-candidatas democratas, a senadora Hillary Clinton, recusou-se recentemente a assumir um compromisso com a completa retirada das tropas. “Não vou entrar em julgamentos hipotéticos, nem quero especular sobre como vamos atuar no Salão Oval quando tivermos autoridade para tomnar decisões”, disse ela.



Além de Hillary, os outros presidenciáveis democratas mais cotados, Barack Obama e John Edwards, relutam em defender a retirada. Charles Kupchan acredita que a inclinação generalizada destes é manter cerca de 60 mil soldados (hoje são 165 mil), “para proteger bens e investimentos americanos”.



Da redação, com agências