Começa o encontro histórico da CSC que define a criação de uma nova central
A consciência de que estão fazendo parte da história da luta dos trabalhadores do Brasil levou centenas de sindicalistas à abertura do 7º Encontro Nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), ocorrida na noite desta sexta-feira (28/09), no Ginásio de Es
Publicado 29/09/2007 18:49 | Editado 04/03/2020 16:21
O Encontro foi aberto pelo discurso emocionado de Pascoal Carneiro, que saudou os cerca de 400 participantes, entre delegadas e delegados, e falou da importância da participação de todos para o sucesso do evento. Para a mesa foram chamados alguns dos fundadores da CSC, dirigentes sindicais e o coordenador nacional da CSC, João Batista Lemos, além dos parlamentares baianos Daniel Almeida, deputado federal, Álvaro Gomes, deputado estadual, e o vereador Everaldo Augusto, todos do PCdoB.
Coube a Nivaldo Santana, co-fundador da CSC, fazer uma retrospectiva da história da Corrente desde sua fundação em 1988, quando tinha apenas alguns membros, até os dias atuais. Para ele, a entidade cresceu e se fortaleceu por se manter fiel na defesa da unidade dos trabalhadores. Este princípio é a mola mestra que vai pautar as ações da Central Classista, que nasce democrática, autônoma e plural. A idéia foi apoiada por Renildo Souza, que reafirmou a importância da saída da CUT para o sucesso da nova central. “A CUT faz confusão entre o que é governo e o que é movimento sindical”, ressaltou.
A retirada da CSC da CUT também foi defendida pelo presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Gomes, que falou dos embates travados pela Corrente nos 16 anos de permanência na entidade.
“Foram anos de luta contra o hegemonismo dentro da CUT. Perdemos muitas batalhas, mas ganhamos tantas outras. A hora agora é de virar a página e começar uma nova etapa para a CSC”, afirmou. Wagner chamou à atenção dos presentes para a responsabilidade de fazer no encontro o debate sobre a criação da Central Classista, que será um passo importante para os trabalhadores do Brasil.
A importância da CSC para o sindicalismo brasileiro foi ressaltada pelo coordenador nacional da entidade, João Batista Lemos. “Ao longo dos anos reunimos energia e hoje somos a terceira força do movimento sindical do país. No processo, cometemos erros e acertos. Acho que acertamos mais que erramos, afinal estamos aqui neste Congresso com um número histórico de participantes’, declarou. Para Batista, é preciso resgatar a unidade entre os trabalhadores. A CSC quer avançar mais ainda e mudar o projeto e o rumo do país.
Dalva Leite, do Sindicato dos Comerciários da Bahia, chamou os presentes a refletirem sobre a história da CSC, principalmente na Bahia, onde a Corrente dirige os maiores sindicatos. A sindicalista falou da disposição dos trabalhadores do estado em contribuírem para transformar o Brasil em país mais justo e com oportunidade iguais para todos.
O evento está previsto para prosseguir até domingo e conta com a participação do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo que palestra sobre o papel dos movimetnos sociais neste sábado (29/9).
De Salvador
Eliane Costa