Degelo: Cuba e Espanha retomam cooperação econômica
Havana e Madri assinaram neste sábado (30) um amplo acordo e restabeleceram uma cooperação interrompida enquanto a Espanha era governada pelo direitista PP de José Maria Aznar. O primeiro passo prevê a aplicação de 20 milhões de euros (R$ 52 milhões) em
Publicado 30/09/2007 00:59
O degelo foi consignado na 8ª Sessão da Comissão Intergovernamental de
Cooperação, encerrada no sábado, após uma década de interrupção forçada
pelo governo Aznar. A secretária de Cooperação do governo Rodríguez
Zapatero, Leire Pajín, disse em Havana que a reunião ''abre uma nova
etapa de cooperação'' e os 20 milhões de euros ''irão aumentando''.
Com o governo Zapatero, formado após a vitória do PSOE nas eleições de
março de 2004, a Espanha passou a se distanciar da política da União
Européia, que impôs sanções a Cuba em 2003, alegando a prisão de 75
dissidentes e o fuzilamento de três seqüestradores de uma lancha de
passageiros. Em maio passado, o chanceler espanhol, Miguel Angel
Moratinos, quebrou o gelo ao visitar Havana e reunir-se com seu colega
cubano, Felipe Pérez Roque.
Formalmente, Madri manteve a sanção, mas os governos das regiões
autônomas espanholas retomaram a colaboração com a Ilha. A Espanha é a
terceira maior parceira comercial de Cuba — depois da Venezuela e da
China –, com intercâmbio comercial de cerca de US$ 1 bilhão por ano. É
também a maior fonte de investimentos externos no país.
''Nós estamos indo recuperar a cooperação. O desafio é demonstrar a
outros países europeus que nós podemos trabalhar juntos baseados no
respeito e na igualdade'', disse por sua vez a ministra de Investimento
Estrangeiro de Cuba, Marta Lomas. ''Creio que se vive uma nova etapa das
relações de cooperação, das relações comerciais e econômicas com a
Espanha'', agregou.
Com informações do http://www.jornada.unam.mx