Lula defende “choque de gestão” com expansão do serviço público
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (1º) que a criação de secretarias no governo federal não representa um inchaço da máquina pública e que o verdadeiro choque de gestão está na contratação de funcionários.”É preciso para
Publicado 01/10/2007 15:45
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (1º) a expansão do serviço público. Para o presidente, é preciso investir na contratação de novos funcionários capacitados e na remuneração adequada do funcionalismo para melhorar os serviços prestados pelo governo aos brasileiros.
Em discurso, na solenidade de inauguração Centro de Produção de Antígenos Virais de Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na zona norte do Rio, Lula disse que a iniciativa privada paga hoje o dobro dos salários recebidos por funcionários de estatais e que é preciso aumentar o pessoal e elevar os salários. “As pessoas passaram a idéia que é possível fazer um choque de gestão diminuindo o número de pessoas que trabalham, quando, na verdade, o choque de gestão vai ocorrer quando contratarmos gente mais qualificada e mais bem remunerada.”
O presidente se queixou de a criação da Secretaria de Ações de Longo Prazo, liderada pelo ministro Roberto Mangabeira Unger, não ter sido aprovada pelo Senado. Ele cobrou do Congresso essa responsabilidade.
Segundo Lula, além dos cerca de 80 cargos da Secretaria, o governo tem tido dificuldade para contratar professores para novas escolas técnicas e universidades.
O presidente afirmou ainda que quer terminar seu mandato, em 2010, com dez universidades federais novas e 48 extensões universitárias. “Se a gente quiser tirar o atraso, a que o Brasil é submetido, nós vamos ter de contratar mais gente.”
Saúde
Lula visitou a nova unidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) e comemorou a meta de nacionalizar a produção da vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) até 2010. Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Lula cobrou de governadores e prefeitos o investimento em Saúde e defendeu a regulamentação da chamada emenda 29, que estabelece a obrigatoriedade de destinação para a Saúde de um percentual mínimo de recursos orçamentários. “Quando dá certo, o mérito é do prefeito e do governador, mas quando dá errado, cai tudo nas costas do ministro da Saúde”.
Da redação,
com agências