Bancários iniciam greve em seis estados nesta quarta
A proposta de reajuste de 6% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) dividiu os bancários do país. Em assembléias realizadas na terça-feira à noite (2), funcionários de bancos privados e do Banco do Brasil rejeitaram a oferta em seis estados. Import
Publicado 03/10/2007 14:13
Segundo a assessoria de imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a greve geral no setor vai abranger apenas os seguintes estados: Pará, Amapá, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe, além do Distrito Federal.
Nos estados do Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí e São Paulo, e nas capitais Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande, Florianópolis e Porto Alegre entrarão em greve apenas os bancários da Caixa. No Rio de Janeiro e Ceará, apenas os bancos públicos (BB e Caixa) estarão em greve, segundo informações da Agência Brasil.
Na segunda-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) melhorou a proposta de reajuste de 5,2% para 6%. Esse porcentual representa aumento real de 1,13%, além das reposição da inflação acumulada em 12 meses até agosto, de 4,82%, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apurado pelo IBGE.
No ano passado, o aumento real foi de 0,63%. Além do reajuste de 6% nos salários, a Fenaban propôs uma cesta de alimentação a mais por ano (13ª), no valor de R$ 252,36.
Reivindicações
Os bancários pedem reajuste salarial de 10,3% (que prevê aumento real de 5,5%), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500, Piso salarial de R$ 1.628,24, plano de cargos em todos os bancos, pagamento de 14º salário, cesta-alimentação e auxílio-creche de R$ 380.
A categoria também quer uma remuneração variável, ou seja, regrar o pagamento e acabar com a cobrança de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos, além de 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.
''Os bancários não abrem mão do aumento real de salário e da valorização dos pisos, da participação nos lucros, da cesta-alimentação e do auxílio-refeição. A responsabilidade desta paralisação é dos bancos, que não apresentaram uma proposta que contemplasse as reivindicações da categoria'', afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.