Homenagem a Che Guevara

Homem guerreiro
Sua pátria mãe é a Argentina
Seu grito de liberdade
Encantou o mundo e a América Latina
Um comunista convicto
Sem temer o perigo, o medo ou a ruína


(*) Por Francisco Batista Pantera

Simples, humilde
Era homem de atitude
Ousado, corajoso
Bravura de juventude
Combater as injustiças
Era sua maior virtude


 


Identificava-se com a luta dos povos
Gostava muito de poesia
Quando muito jovem
Apaixonou-se pela filosofia
Construiu o socialismo
Era sua ideologia


 


Com o Comandante Fidel
Fez a revolução
Libertaram a ilha de Cuba
Das garras da opressão
Derrotaram o império americano
Com o povo de arma na mão


 


Após a revolução
Em Cuba não ficou
Era ministro
Quando o cargo ele deixou
Espalhar pelo mundo inteiro
A experiência que ali se iniciou


 


Temos que endurecer
Ser perder a ternura jamais
Jamais se ajoelhe
A um senhor ou capataz
Faça a revolução
Contra as injustiças sociais


 


Quem não luta pelo seu direito
Não merece tê-lo
Quem não luta pela sua pátria
Por ela não tem zelo
É um pobre de espírito
Um alienado do dedo do pé ao cerebelo


 


Não tenha medo
De defender a verdade
 Não seja egoísta
Canalha, injusto e covarde
Não seja subserviente
Tolerante com a impunidade


 


Não tem pátria
A luta libertadora
Onde o capitalismo impera
Está a máquina opressora
Criando grandes impérios
As custas das classes trabalhadoras


 


Nas mãos dos capitalistas
Estão os meios de produção
As terras, as fábricas, os bancos
Os grandes meios de comunicação
E os poderes do estado
Pra manter a opressão


 


Na sociedade capitalista
Você é sempre conduzido
A aceitar tudo calado
Alienado, consumista e induzido
Um perfeito idiota
Pelo sistema produzido


 


O capitalismo é a guerra
A violência reacionária
Contra a fome e a miséria
Só a violência revolucionária
Assim era Guevara
Na sua luta libertária


 


O trabalhador tem que unir
A luta do campo e da cidade
Combater a injustiça
Contra qualquer impunidade
Construir o socialismo
Como futuro da humanidade


 


No campo:
A luta pela reforma agrária
Nas cidades:
Contra a opressão proletária
Unindo a foice e o martelo
Está feita a unidade revolucionária
Enquanto existir
O selvagem do capitalismo
Existirá a guerra provocada
Pelo maldito imperialismo
Saquear as nações pobres
Espalhar o terrorismo


 


Derrotar o imperialismo
E sua falsa democracia
Liberdade só pra os afortunados
E a grande burguesia
Defender o socialismo
Sempre esteve na ordem do dia


 


Expor-se ao veredito das massas
É qualidade do revolucionário
Se beneficiar mais do que o resto do povo
É sentimento do burguês reacionário
O espírito de sacrifício, camaradagem e amor a pátria
É principio, é valor de um proletário


 


Era 9 de outubro de 1967
Nas selvas bolivianas
Morria Che Guevara
Por mercenários apoiados pela CIA americana
Tombava um revolucionário
Genial da raça humana


 


Jovem,
Consciente.
Comunista irreverente
Médico, revolucionário.
Herói,
Homem descente.
Combateu o inimigo
Sem trégua mesmo doente.
Libertar a humanidade
Do capitalismo inconseqüente
Tombou nas selvas bolivianas
Ao lado de bravos combatentes.
Quarenta anos sem Guevara
Sua idéias não morreram
Moram no coração da gente.


 


Francisco Batista Pantera é Poeta, Historiador, Professor de História, Filosofia e Secretário Estadual dos Movimentos Sociais do PCdoB.