Sindicalistas do PSB rompem com a CUT rumo a nova central
Sindicalistas ligados ao PSB reuniram-se no início desta semana, em congresso da SSB (Sindicalismo Socialista Brasileiro) – corrente sindical ligada à sigla – e decidiram romper com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para criar a Central Sindical Cla
Publicado 03/10/2007 16:31
Os sindicalistas que atuam no movimento decidiram também que participarão da marcha pela redução da jornada de trabalho, convocada pelas atuais centrais de trabalhadores para o próximo dia 5 de dezembro.
Atualmente, existem no Brasil seis centrais: CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, Conlutas e Intersindical. O lançamento para criar a nova central vai ocorrer dia 15 de outubro, em São Paulo (SP).
O “Congresso Sindical Nacional Extraordinário da SSB”, que decidiu pela criação da nova central, foi realizado em Brasília logo após o Seminário Sindical Nacional promovido pela Fundação João Mangabeira (FJM). A pauta foi centrada nos temas: “Conjuntura Sindical Brasileira”, “Deliberação sobre a participação da SSB na criação da Central Sindical Classista e Democrática” e “Assuntos Gerais”.
No Congresso a SSB concluiu que se viabiliza, cada vez mais, como uma alternativa aos sindicalistas que rompem com as correntes tradicionais, como também para vários dirigentes e militantes independentes.
Desdobramentos
Com a decisão de criar a nova central, todas as lideranças da SSB que são dirigentes da CUT estão colocando à disposição da Central Única de Trabalhadores todos os cargos. O secretário sindical do PSB, professor Joilson Cardoso, esclarece, no entanto, que a resolução não significa que os sindicalistas estejam rompendo com a antiga central.
“Muito pelo contrário, a nova central estará ao lado da CUT na luta pela classe trabalhadora”, explica ele, acrescentando que – no entendimento das lideranças da nova Central Sindical Classista – “a CUT não representa mais aquela proposta inicial de defesa da unidade dos trabalhadores”.
Ao final do Congresso Sindical realizado em Brasília, os trabalhadores definiram vários pontos de convergência que estão sendo levados à comissão de representantes dos trabalhadores que visa criar a nova central. Entre as principais propostas, destacam-se a defesa do socialismo com democracia e que a central seja composta por sindicatos livres e não orgânicos.