UNE divulga nota sobre a renúncia do presidente do Senado
''A UNE exige apuração imediata de todos os casos de corrupção e a punição dos culpados! E para mudar o rumo dos ventos e construir um novo país, estamos convocando uma grande passeata para o dia 25 de outubro, no Rio de Janeiro, sob o lema: ''mudar a pol
Publicado 12/10/2007 23:49
Leia o texto na íntegra abaixo:
Nota da UNE
A renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros, no começo da noite desta quinta-feira, abre caminho para que o Congresso volte a ter suas atividades normalizadas e passe a votar questões de interesse nacional, que visem o desenvolvimento do país. A situação da Casa se tornou insustentável e a permanência do seu presidente impedia o andamento dos projetos.
A UNE acredita, no entanto, que a crise que se instalou sobre o Senado por mais de 150 dias faz parte de um sistema político viciado vigente hoje no país, que só será satisfatoriamente mudado quando fizermos uma Reforma Política profunda. A construção de uma verdadeira democracia exige reformas de grande vulto, abrangendo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de setores como a mídia e a Educação. A saída virá pela pressão da sociedade civil organizada sobre os poderes instituídos, em todos os níveis, para que se imponha uma nova ordem institucional.
A UNE exige apuração imediata de todos os casos de corrupção e a punição dos culpados! E para mudar o rumo dos ventos e construir um novo país, estamos convocando uma grande passeata para o dia 25 de outubro, no Rio de Janeiro, sob o lema: ''mudar a política para mudar o Brasil''.
O ato político pretende reunir parlamentares, lideranças dos movimentos sociais, personalidades artísticas e toda a população que quer extinguir os vícios entranhados no dia-a-dia da política brasileira. A UNE vai exigir a urgente implantação de uma Reforma Política democrática, com ampla participação popular.
''Sua primeira tarefa deve ser atacar o principal elemento que interfere no compromisso de representantes políticos com o povo: o financiamento privado de campanhas eleitorais. É necessário o financiamento público exclusivo de campanha, para equalizar as condições de debate e cortar pela raiz a condenável prática do caixa-dois. É gritante, ainda, a necessidade da fidelidade partidária e do voto em lista, visando fortalecer o debate em torno de projetos, acima das vaidades e interesses individuais'', diz um trecho do manifesto.
Lúcia Stumpf
Presidente da UNE