PSB quer ''aliança preferencial'' do Bloco de Esquerda em 2008
“Os partidos do Bloco de Esquerda (PDT, PCdoB, PRB, PMN, PHS) constituem a aliança preferencial'' do PSB nas eleições do ano que vem. ''Não sendo possível, vamos discutir apoio com partidos de esquerda da base do governo”, afirmou o vice-presidente do P
Publicado 03/11/2007 23:34
Para o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, o objetivo do PSB é se fortalecer para 2010. “Todo partido tem como projeto a conquista do governo. Em 2008, queremos eleger o maior número de vereadores e prefeitos. Em 2010, o maior número possível de governadores, senadores e, quem sabe, presidente”, afirma Amaral, que conta em seu partido com o deputado Ciro Gomes (CE), um potencial presidenciável.
Os casos do PDT e PCdoB
A orientação também é seguida pelo PDT. “Nosso objetivo é consolidar o partido. Estamos decididos a recuperar nosso espaço e consolidar linhas ideológicas e programáticas”, afirma Manoel Dias, secretário-geral do partido, que tem pré-candidatos em pelo menos 13 capitais. A lista inclui Fortaleza (CE), onde a senadora Patrícia Saboya, recém-filiada, deve disputar a prefeitura com a atual ocupante do cargo, a petista Luizianne Lins.
Na lista do PC do B, que tem 14 potenciais candidatos a prefeitos de capitais em 2008, despontam nomes como o das deputadas Manuela D'Ávila (Porto Alegre) e Vanessa Grazziotin (Manaus), além da ex-deputada Jandira Feghali (Rio de Janeiro) e da vereadora Ângela Albino (Florianópolis).
“Não indicamos candidatos para marcar tabela”, avisa o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo. Segundo ele, a participação da sigla – “a maior em eleições majoritárias” – é parte de um processo de transição iniciado em 2004.
“Alianças com o PT são de muito tempo. Mas, porque o partido apresenta candidaturas próprias nas eleições majoritárias, evidentemente nos afastamos da posição de apoiar na maioria dos casos as candidaturas [do PT]”, afirma.
Difícil unir os 14 da base
Na opinião do comunista, o enfrentamento nas urnas não enfraquece os partidos, e a tendência é que as siglas do bloco se unam aos candidatos que chegarem ao segundo turno das eleições a prefeito. “Dificilmente teríamos uma candidatura única de toda a base”. A base do governo Lula soma hoje 14 dos 20 partidos com representação na Câmara: PMDB, PSC, PTC, PT, PSB, PDT, PCdoB, PMN, PHS, PRB, PR, PP, PTB e PV.
No caso do partido do presidente, diz Rednato, será possível reproduzir a aliança federal em pelo menos um caso. “Em Rio Branco (AC), vamos apoiar o candidato do PT. Em contrapartida, no caso de Aracaju (SE), a tendência é o PT apoiar o atual prefeito, Edvaldo Nogueira (PCdoB)”.
PT ''também pode indicar nomes'' em Aracaju
Não é o que afirma, segundo o G1, o secretário nacional de organização do PT, Romênio Pereira. A matéria do site noticioso das Organizações Globo diz, citando Romênio, que apesar de ser “natural” a indicação do atual prefeito de Aracaju à reeleição, “o PT tem o governo do estado e também pode indicar nomes”.
O PT se colocou a meta de lançar candidaturas nas cem maiores cidades brasileiras. “Estão pautando 2008 com 2010. Só que o jogo começa em 2008'', comentou Romênio Pereira sobre os aliados do Bloco de Esquerda.
''Para ter vitória no segundo tempo, temos que jogar bem o primeiro. O PT precisa ter candidato na maioria das cidades brasileiras. Onde não tiver, construir com a base, privilegiando o bloquinho e, aí sim, pensar no candidato próprio em 2010'', disse ainda o secretário-geral petista.
Ele disse também que a busca de aliança do PT não está restrita ao Bloco de Esquerda. “Em Goiânia, há um setor enorme do PT que defende aliança com Íris Rezende [atual prefeito, do PMDB]. Temos alianças com outras forças políticas. É natural que busquemos candidaturas no maior número de municípios, mas não vamos fazer isso com arrogância”, garantiu.
Lula terá papel ''decisivo'' na sucessão
Renato Rabelo observou que o Bloco de Esquerda tem o mesmo tamanho dos “partidos grandes” no Congresso. “Se o Bloco se mantém, se vingam [as candidaturas], vai jogar um papel importante na fase sucessória'', comentou para o G1 o presidente do PCdoB.
Manoel Dias, secretário-geral do PDT, não descarta o apoio do PT a uma possível candidatura presidencial saída do Bloco. “A tentativa [do Bloco de Esquerda] é fazer um grande debate nacional sobre os temas, o que depois pode se constituir numa frente eleitoral”, disse. Já Renato Rabelo disse acreditar que o presidente Lula terá papel “decisivo” na escolha do candidato à sua sucessão.
Com informações do G1